Condenados
Há um dia que desde sempre
trago comigo
trago-o na minha carteira da memória
o dia do grande clarão que
trago comigo
como dormir de dia
com os olhos abertos
O dia em que compreendi
como a vida é
uma situação condenada
onde não há indulto para a pena
E tinha ainda dezasseis anos.
O poema de hoje é dedicado a todos os que me seguem
nas palavras e nos silêncios.