Uma fotografia, uma memória.
Foi uma espécie de destino
que escolheste para ti
depois do desterro sem pranto.
Os nossos encontros jubilosos
num hotel de várias estrelas
que eu pagava antes de chegares
alimentaram os rumores de amor
que tinhas no corpo, apenas no corpo.
A casa cheia de pó lá continua, igual
e as tuas mãos impressas no espelho
ainda estão visíveis, escorrendo.
Foi disto que me lembrei quando
encontrei agora a tua fotografia.
Vou pedir uma groselha com gelo.