Foto de Bartolomeu Rodrigues
Ver chover é como lavar os olhos
do pó dos outros dias
Lembras-te quando chovia na janela do nosso quarto?
O "pizzicato" dos pingos lançados contra os vidros
era a nossa música… no nosso conforto
e havia sempre uma loucura nos teus cabelos
e um brilho terno na tua cara.
Até acreditávamos que só chovia na nossa janela.
Hoje dão medo os pingos de encontro aos vidros
abafo o som da chuva com palavras de maldição.
Hoje chove no meu quarto,
chove na minha vida,
chove na minha memória,
chove na minha cara,
chove sobre ti,
chove,
chove,
chove.
ResponderEliminarA presença se Amor e Amizade nas nossas vidas são os melhores guarda-chuvas que me consigo lembrar.
Beijinhos de sol
(^^)
errata: onde se lê "se" deve ler-se "de"
EliminarEstou muito de acordo. Achei graça à ideia do guarda-chuva.
EliminarObrigado por ter vindo. Até amanhã.
O que eu gostei deste lavar de olhos!
ResponderEliminarPalavras, todas elas, feitas de pura emoção.
Gosto de ouvir o som do ruído da chuva a bater nas vidraças da janela, quando estou deitada e aconhegadimha na minha cama.
É como uma bela melodia que me ajuda a adormecer.
Um abraço.
Pelo seu comentário vejo que gostou. Agradeço a sua habitual visita.
EliminarBoa Noite e um abraço.
Boa tarde, Don Luís.
EliminarO seu novo logótipo, ou imagem de perfil, como quiserem chamar, é um peixe a ser engolido por uma lula gigante?
Tentei ampliar a foto da aguarela e, quanto maior fica menos visível. E se os meus olhos não me enganam, vejo gaivotas a sobrevoar a cena, dentro do triângulo, simbolizando o mar?
Também gostava muito da anterior... :)
Boa continuação e que siga de vento em popa.
Bem o merece! :)
A imagem é de uma flor em relevo com uma pequena mancha amarela no início do caule e dentro de um triângulo. Por cima uma nuvem de várias cores. Em baixo a palavra Anoitecer. Compreendo que seja difícil ver por a imagem estar muito pequena.
EliminarObrigado pelos votos.
Muito grata pela explicação. Voltei a olhar e, curiosa e inexplicavelmente, ainda vejo a cabeça de um peixe, olho virado para mim.
EliminarQue tal se a publicasse um destes dias?
Obrigada e desculpe.
Seguirei a sua sugestão. Muito obrigado pelo tempo que me dedicou.
EliminarUm abraço.
Sabes, poeta?
ResponderEliminarSempre tive um conflito mal resolvido
Entre a melancolia da chuva caindo
E aquela alegria
que sabe
que quando a bátega cai
ela engrossa o leito do rio
Nunca tinha pensado nisso, é um dilema que só os nossos sentidos podem resolver.
EliminarUm abraço de Boa Noite
A chuva como o opsto do sol na nossa vida.
ResponderEliminarGostei
Muito bem. É uma visão que pressupõe a existência do sol.
EliminarObrigado
A memória da chuva escrita por quem entende de paixões. Muito bom, o poema.
ResponderEliminarUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Uma perfeita interpretação do que se percebe no escrito. Agradeço a sua vinda.
EliminarUm abraço
A estas, que em tempos foram cantantes gotas de chuva, transmutou-as o tempo num dilúvio de amarguras e desencontros... saudades, talvez.
ResponderEliminarAbraço, L.
Poesia também na sua leitura. Agradeço.
EliminarObrigado pela sua indispensável visita.
Um abraço
A chuva é romântica, quando não se tem um bilhete para o teatro e chega-se lá um pingo.
ResponderEliminarNa minha arrogância habitual, digo que tenho uma fotografia idêntica à de Bartolomeu Rodrigues. Não a publico nos meus blogues, porque ficou o meu rosto, embora difuso, no vidro da janela. Não ponho fotografias minhas ou da minha família na internet.
Obrigado por me visitar. Dizer que tem uma foto idêntica nada tem de arrogante, nunca dei por tal. O princípio de não divulgar fotos próprias ou da família é uma atitude com a qual concordo.
EliminarAté logo.
É sim, uma atitude arrogante comparar as minhas fotografias com as fantásticas fotografias do Bartolomeu Rodrigues.
EliminarAté amanhã, poeta.
As férias de outono acabaram, e então sou obrigada a deitar-me e a levantar-me cedo.
Transmitirei ao autor das fotos a sua apreciação. Obrigado.
EliminarBom descanso.
A chuva traz-nos o frio e é mais um pretexto para nos encostarmos uns aos outros.... Infelizmente, os tempos que vivemos são tristes porque muitas dessas carícias desapareceram. Tenho esperança que em breve voltaremos a apreciar a chuva a bater nas janelas, com amizade ou com amor, com carícias e com beijos !
ResponderEliminarGostei das palavras e do "pizzicato", normalmente relacionado com a música, mas que bem que fica nas chuva a bater nos vidros !
Gostava de ver a lista das palavras de maldição...
ResponderEliminar:)
Isso não pode ser divulgado.
EliminarEs bonito ver la lluvia detrás de los cristales de la ventana y oservar a la gente como pasa, resguardada en su paragua.
ResponderEliminarBesos
La lluvia también tiene su belleza. Buenas tardes, gracias por venir a comentar más sobre este escrito.
EliminarUm abraço
Por vezes chove lá fora
ResponderEliminare chove dentro de mim.
Por vezes...
:(
Experiências pessoais que não esquecemos.
EliminarUm abraço