Madrid, ainda te conheço
Madrid, ainda me conheceste.
Depois de tantos anos
ainda me chamaste Don
e puxaste a cadeira para me sentar.
Por detrás daquela porta
o sapateado soou ao mesmo
e havia calor nas vozes do flamenco
a que assisti na mesma mesa de sempre.
Percorri-te esbanjando o meu olhar
em tudo o que me mostraste.
Nem posso acreditar que já estás
somente em ondas de memória
e que não mais voltarei a ver-te.