Quando é noite, muito de noite
deito-me e ouço os sons abafados e longínquos,
uma criança que chora e soluça,
uma torneira que repete e repete o pingo,
um cão que ladra em alerta,
ouço até a minha respiração.
Naquela quietude há um zumbido
que torna o silêncio mais profundo
e no escuro sinto-me sem corpo
sou apenas um pensamento
sem nada de palpável.
Invento a tua presença hoje, amanhã e depois
até o poema apagar neste silêncio
o desejo que me acorda a cada instante.
Ah, Poeta, fiquei sem palavras!
ResponderEliminarPosso voltar amanhã?
Isso é um desassossego.
Como seria bom que todas as minhas recordações
me remetessem aos risos da minha infância...
Até amanhã.
Ah...e a pintura, juntamente com a frase, está totalmente em sintonia com a inquietação do texto.
ResponderEliminarQuem me lê pode voltar as vezes que quiser, tomo isso como uma distinção.
EliminarQuanto à pintura, aproveito para divulgar uma ideia que tenho e que todos os que me deixam comentários podem ler agora. Gostaria de enviar (próximo do Natal) a cada um destes fiéis seguidores que comunicam comigo um pequeno original destes que tenho publicado. No entanto compreendo que provávelmente não queiram divulgar as suas moradas, pelo que, deixo aqui a ideia para quem quiser receber uma destas lembranças me possa dizer como lhes fazer chegar esta oferta.
Boa Noite.
Boa Tarde, Sr. das Nuvens.
EliminarDada a surpresa que me aguardava nem vou fazer qualquer reparo/apreciação do conteúdo do postal de hoje, para além do comentário já feito nesta madrugada.
Fico deveras sensibilizada com a sua generosidade. A acontecer, será uma recordação do autor deste blogue, até porque nada dura eternamente e os blogues têm vida efémera, e o que não aparece; esquece!
O óbice da questão é eu não concordar em deixar aqui, nem a minha morada nem o meu endereço electrónico, se bem que já o tenha feito uma vez no meu cantinho, tanto mais que o autor deste espaço é uma pessoa que preza ciosamente a sua identidade. Até em excesso, permita-me...
Porém, se me deixar o seu e-mail, não o pessoal, mas o que criou para este blogue, terei todo o gosto em combinar consigo uma forma dessa sua generosa oferta me chegar às mãos.
Por último, permita-me um pedido. Quando se referir à minha pessoa - os outros que falem por eles - gostaria que fizesse referência ao meu nome, como de resto, já o fez uma vez. É que sendo Janita um pseudónimo, é nome de gente e não algo vago e distante.
Fico-lhe muito grata pela atenção que se dignar conceder a este meu pedido, aliás justo.
Obrigada.
Informo que o meu endereço (apenas para este blogue) se encontra se "tocar" em "brancas nuvens negras" e a seguir em email.
EliminarObrigado
Percebido!
EliminarObrigada.
Francamente!! Ainda estou para conhecer uma pessoa tão complicada como o Sr.
EliminarÉ de tirar a paciência a um santo!!
Vou tentar pela TERCEIRA vez. Se não seguir o que escrever, declino a sua oferta.
Crie um e-mail certo de uma vez por todas, por favor, não ande sempre a mudar .
Já estou a ver isto tudo tremido! Arre...
nuvensnegrasbrancas@gmail.com
EliminarNão compreendo a sua irritação. Obrigado.
EliminarGostei bastante.
ResponderEliminarA profundidade da palavra como instrumento que corta a realidade e a molda como queremos
Muito obrigado pela sua consideração sobre o que está escrito.
EliminarBoa Noite.
Volto para lhe pedir que leia o que escrevi para a anterior leitora no que respeita às aguarelas que tenho apresentado.
EliminarObrigado.
Informo que o meu endereço (apenas para este blogue) se encontra se "tocarem" em "brancas nuvens negras"
ResponderEliminarGostei muito, tanto do poema quanto da pequena aguarela, ainda que a tristeza dessa enorme árvore curvada me tenha contagiado. Culpa minha, que me deixei fascinar pelas suas chuvosas árvores...
ResponderEliminarLi a sua proposta e confesso que fiquei entusiasmada.
Forte abraço, L.
No escuro ou no semi-escuro os sons são longínquos e nos sentimos como que a fazer parte de tudo, pulverizados naquele tempo e espaço.
ResponderEliminar:)
Todos nós já ficámos acordados no escuro.
EliminarObrigado pela visita.
È no silencio da noite
ResponderEliminarque tudo se ouve
até o que não se quer ouvir
também é a hora das memórias
temos de as saber gerir
gostei do final do poema,
ou melhor como fechou
com uma réstia de sensualismo
boa semana.
beijinhos
:)
Aprecio esta forma também poética como faz os seus comentários.
EliminarObrigado.