Declaro que sou feliz
Aqui chegado tudo parece estar certo
mesmo quando a "certitude"
é só dentro de nós.
Sou tão feliz e em sossego
que os descendentes distantes
no seu labor e harmonia
descansam no meu descanso
ninguém ousa interromper.
Sento-me no lugar que é só meu
a digerir com atraso as fatias
de sonho, fantasia e saber
que tenho na minha estante.
Isto é felicidade
porque já esqueci a saudade
de quando não estava só.
Pouso o Manuel Bandeira
sobre a manta sobre os joelhos
e fico-me…
com o som cavo deste contrabaixo.
Assinou a declaração?
ResponderEliminarNão vá o diabo tecê-las
e a saudade voltar
e querer ocupar o mesmo lugar... :-)
Gostei do texto, de saber que também gosta de Manuel Bandeira
e gostei de notar no som do contrabaixo, um andamento mais acelerado.
Acho que eram os passos da Dona Saudade a partir, do seu peito já cansado.
Bonito, diferente e animadora esta alteração no estado de alma do autor.
Uma excelente noite e boa digestão desse sonho fantástico.
Folgo em saber que tudo foi do seu agrado. Obrigado pelo comentário bem disposto.
EliminarBoa Noite também.
Excelente reflexão pessoal com um tom musical que faz pensar e entrar em introspecção
ResponderEliminarGostei
Obrigado pelo comentário positivo.
EliminarBoa Noite para si.
Fui (re)ler uns poemas de Manuel Bandeira enquanto me deliciava com o som cavo desse contrabaixo.
ResponderEliminarO conceito de felicidade é uma coisa tão, mas tão subjectiva, L....
Sabe que muito cá no fundo também eu considero que sou mais feliz do que a maioria das pessoas que conheço e que duvidariam do que digo sem a menor hesitação? Tenho uma vida que nem ao diabo desejaria, ainda que nele acreditasse, mas... também eu sou feliz por sentir que aprendi a criar muito a partir de quase nada. Outros haverá que a partir de muito, quase nada criam...
Mas adiante que isso agora não vem ao caso desta sua saborosa declaração de felicidade :)
Quanto à suas árvores/nuvens, que hoje não surgiram, não me limito a gostar delas; fascinam-me!
Abraço.
Dá-me gosto ler os seus desenvolvidos e deliciosos comentários, estou sempre à espera deles. A parte final onde refere as árvores/nuvens é um prémio que recebo de si. Estou a fazer mais para publicar em breve.
EliminarAproveito para divulgar uma ideia que tenho e que todos os que me deixam comentários podem ler agora. Gostaria de enviar (próximo do Natal) a cada um destes fiéis seguidores que comunicam comigo um pequeno original destes que tenho publicado. No entanto compreendo que provávelmente não queiram divulgar as suas moradas, pelo que, deixo aqui a ideia para quem quiser receber uma destas lembranças ter uma ideia de como lhes fazer chegar esta oferta.
Muito Obrigado pela visita.
Um abraço é até logo
Eu quero um! Sabia que o Sr. das Nuvens nos ia oferecer um dos seu desenhos, um dia! É o meu sexto sentido que me revela essas coisas!
Eliminar:) :) :)
Veja, há-de pôr o seu email no seu perfil para mandarmos as moradas para lá.
:)
Ah! Tem lá o email, só agora é que vi. Ok, ok.
Eliminar:)
Da minha lavra dois pensamentos:
ResponderEliminar- para se ser feliz nada melhor que o esquecimento.
- só as folhas secas
e os arbustos perdidos
se lembram dos ventos
em barreiras de sofrimento.
Gostei do poema, como se em tudo houvesse beleza.
Do comentário/resposta, acho uma ideia generosa.
Da faixa musical, aprecio.
Um abraço e bom fim-de-semana.
Obrigado pelo comentário. EM TUDO HAVIA BELEZA é o título de um livro de Manuel Vilas, muito interessante e, certamente, não foi por acaso que introduziu essa expressão na sua resposta. Agradeço muito o seu amável comentário. A oferta está válida também para si.
EliminarUm abraço, bom fim de semana, também.
Nao, nao foi por acaso. (Adequava-se ao belo Poema.) Recomendo-o desde que o comprei quando foi publicado em Portugal.
EliminarE o Luís, acredito, também já o leu. Excelente.
Sim, já li. E também li "E, de Repente, a Alegria" do mesmo autor. Dei conta da existência desses livros aqui no meu blogue em 29 de Maio.
EliminarObrigado.
Esta tarde
ResponderEliminarnão me apetece falar de felicidade
e sempre que alguém a sente
cito Saramago, constantemente
«Eu não gosto de falar de felicidade, mas sim de harmonia: viver em harmonia com a nossa própria consciência, com o nosso meio envolvente, com a pessoa de quem se gosta, com os amigos. A harmonia é compatível com a indignação e a luta; a felicidade não, a felicidade é egoísta.»
O meu texto fala em felicidade mas, com ironia.
EliminarObrigado pelo seu comentário, gosto da, sua visita.
Até logo.
O sossego é uma felicidade, para mim, também. É sinal que nada nem ninguém nos aborrece e o nosso espírito pode divagar por onde quiser, sem interferências!
ResponderEliminar:)
Estou de acordo consigo. Sozinhos mas, nem sempre. Agradeço a sua habitual visita.
EliminarAté logo.
Hán tantas maneira de ser feliz!
ResponderEliminarBasta procurar.
Um poema que gosto pela maneira como o autor transforma o momento em positivismo.
beijinhos
:)
Agradeço a interpretação do meu texto.
EliminarBoa Noite.