Foto do autor do texto
Uma pessoa é uma pessoa-
-disse a minha mãe
Há uma claridade ao fundo do corredor
da minha casa.
MÃE!
-O tio fechou-se no quarto e disse muitas vezes:
- Solta as cabras, mulher!
-Deixa lá filho, o tio hoje veio "atravessado"
-A tia diz que ele já não serve para nada.
-Sossega filho!
MÃE!
-Podemos deitar o tio fora?
-Não, filho! O tio é uma pessoa, não se pode "deitar fora".
Setenta anos depois.
Há uma claridade ao fundo do corredor
desta casa onde estou.
Sinto-me em segurança
a minha mãe não vai permitir que me "deitem fora".
E porque alguém haveria de querer deitar fora o autor do texto e da foto?
ResponderEliminarSerá que ele também chega a casa «atravessado» e repete a frase ouvida ao tio, setenta anos antes?
- Solta as cabras, mulher!
Brincadeira à parte, há uma dualidade tão estrnha neste postal que nos envolve numa certa magia.
Gostei da foto...que tons lindos.
E levo o curioso texto na ideia...
Boa Noite.
Um comentário bem disposto embora o texto tenha algo sério na sua parte final.
EliminarAgradeço a apreciação positiva ao texto e à imagem.
Até amanhã
Abraço
Justamente por isso friso deixar a brinsadeira à parte e refiro a magia envolvente...
EliminarAté amanhã.
Um abraço.
E eu agradeço o diálogo.
EliminarAté amanhã.
De facto curioso texto.
ResponderEliminarCom uma dualidade difícil de explicar.
Quase cinematográfica
Uma apreciação que tomo em conta e agradeço.
EliminarBoa Noite.
Costuma contar-se que os artistas acham que o seu melhor trabalho será sempre o "de amanhã"!
ResponderEliminarPois... estou agora a constatar que eu devia ter vindo aqui ontem dizer estas mesmas palavras.
Este post está completo, em total sintonia. Finalmente!
Sempre simpática a sua apreciação. Hoje a imagem concorda com o texto mas quase sempre é difícil essa sintonia.
EliminarBoa Noite e obrigado por ter vindo.
Vejo no poema desta noite como uma preliminar de UMA HISTÓRIA DE FAMÍLIA, usando a fotografia para a capa do livro.
ResponderEliminarCurioso o espírito criativo de quem lê os textos e imagina a sua continuação. É um enriquecimento que registo e agradeço.
EliminarAté amanhã.
La luz que entra por los cristales es prodigiosa. Invita a cruzar el pasillo para llegar hasta donde está la luz.
ResponderEliminarBesos
Agradezco tu comentario. Les agradezco su visita y les deseo un buen fin de semana con las condiciones que todos conocemos.
EliminarUn abrazo
Muito belos, fotografia e texto.
ResponderEliminarA minha mãe, quando menina, teve uma cabrinha leiteira no quintal da casa do Dafundo, mas não sei se haverá mãe que nos valha nos tempos que correm;
cada vez mais somos considerados um peso morto num universo de obcecados consumistas.
Abraço, L.
Concordo com o seu comentário, essa é uma triste realidade. Sobreviveremos até ser possível. Obrigado, gosto sempre do que me diz.
EliminarUm abraço.
Achei a foto muito sui-generis, que faz jus ao poema.
ResponderEliminarO poema traz um passado, um presente e um futuro.
mas, o presente é que é o busílis da questão.
Muita criatividade.
Bom fim de semana.
Beijinhos
:)
O presente é o que deixamos para trás, assim consigamos sobreviver.
EliminarUm agradecimento por comentar.
Bom fim de semana também.
Boa tarde. O nosso futuro depende da semente que lançamos hoje em dia. Bom final de semana.
ResponderEliminarEstou muito de acordo consigo. Muito Obrigado por ter vindo.
EliminarBom fim de semana.
Um texto que nunca nos iremos esquecer, a não ser que nos "deitem fora" !
ResponderEliminarInfelizmente o Mundo não é dos poetas ou dos livres pensadores.
Tem toda a razão, essa é a realidade.
EliminarObrigado pela sua visita.
Um abraço
"oh, minha mâe, minha mãe
ResponderEliminaroh, minha mãe, minha amada
quem tem uma mãe, tem tudo
quem não tem mãe, não tem nada"
Todos temos um corredor
mas nem todos terão
essa claridade ao fundo
(se me deitarem fora
alguém me irá buscar...
Sinto-me seguro!)
Sempre um comentário original. Agradeço.
EliminarUm abraço e boa noite.