Quem são? 


Quem são os verdadeiros heróis? 

Quero conhecer alguns. 


São os monstros sempre sentados

com os ânus confortáveis 

sempre a arregaçar o dinheiro? 

Ou

As hienas descaradas que

apalpam as coxas de quem trabalha

com o suor dos outros

a escorrer no pensamento? 


Ou

São os corpos cansados

com dedos amputados e

palavras a fermentar

nas bocas indignadas? 

Ou

As mulheres meio gastas 

com olhos aprisionados 

consumidos nas máquinas e

com os filhos no regaço? 


Quem são os verdadeiros heróis? 

Quero conhecer alguns.





33 comentários:

  1. Da aguarela identifico perfeitamente os ONI, que é como quem diz, o acrónimo dos seus Objectos Não Identificados.
    É um Menir dos Almendres e uma banana gigante, tudo bem seguro com arames.

    Quanto ao que no seu texto pretende saber, obviamente que os heróis não são os vilões.

    Acho que me anda a ler o pensamento...
    No meu postalito de hoje, o Prof. Agostinho da Silva, diz que quando os há, se fazem revoluções.
    Então, não fizemos?

    Boa Boite, sem pesadelos e um abraço meu.

    Peço desculpa, eliminei o anterior
    porque chamei Agostinha ao Professor.

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    1. A sua interpretação do desenho é também criativa e uma forma engraçada de ver em formas indefinidas a identificação com objectos reais. Quanto ao texto, também concordo que não deixa dúvidas. Sim, houve uma revolução, alguns dos seus efeitos ainda hoje persistem.
      Um abraço também. Boa Noite.

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  2. Os verdadeiros heróis
    são os caracóis
    levam a casa
    que lhes será pesada
    e numa altura dada
    mete-se lá dentro
    Por medo?
    Puro engano!
    O caracol regressa ao passo, lento
    com a persistência
    lenta
    da coerência
    do caracol

    Ah, o que eu gosto de caracóis
    (sobretudo se bem temperados)

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    1. Nesse caso, VIVA O CARACOL. Não sou apreciador.
      Boa Noite Rogério, até amanhã.

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  3. Um professor como personagem marcante de um poema marcante.
    Gostei

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  4. O poema desta noite lembra-me "Perguntas de um Operário Letrado Quem..." de Bertolt Brecht.

    Quem são os verdadeiros heróis?
    Tantas histórias
    Quantas perguntas

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    1. De facto, aqueles que também participam na história e que são ignorados têm direito a ser celebrados.
      Bom Dia e um abraço.

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  5. Conheço alguns desses heróis por quem pergunta; uns estão entre nós, outros, já não.

    A aguarela encaminha-nos para a abstracção figurativa. Gostei.

    Abraço, L.

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    1. É como diz. Uma homenagem a esses desconhecidos.
      Obrigado.
      Bom Dia para si.
      Abraço

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  6. Poema: crápulas e vítimas.
    Aguarela: agulha de balança de pratos em posição de equilíbrio.
    Herói: aquele que repõe o equilíbrio - e o mantém.

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    1. Análise bem organizada e esclarecedora. Muito obrigado.
      Até logo.

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  7. Adoro Pictionary, perco sempre, mas adoro.
    :)

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  8. É sério nos países nórdicos. Cá, não é.

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  9. Porque não tivemos uma cultura direccionada para a civilização. Foi sempredireccionada para o umbigo e para o desenrasca. Pensei que o Sr. Soubesse disto...

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    1. Explorados e exploradores tanto existem nos países nórdicos como nos nossos.

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  10. Pois, é o que eu digo. Agora já nem se diz lavagem ao cérebro, agora é mesmo que só lá vai com modificação genética para todos os humanos serem exploradores porque ser explorado é lixado, nem para os animais queremos isso.

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    1. Tomo essa ideia apenas como uma piada. Mas se houver só exploradores, como funciona isso?

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  11. Há um bom pedaço que estamos a trocar piadas, Sr.
    Então não andam agora à procura no espaço de um corpo celeste todo em ouro?
    Vamos todos para lá de peneira na mão, apanhar pepitas. E comemos pepitas, dejectamos pepitas, enfim, somos todos exploradores e felizes!

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    1. Tenho mesmo que me rir. E eu que estava a levar o debate a sério.
      Até logo

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  12. :))) a big smile
    Sim, tudo bem, mas nem era difícil eu explicar: tem que estar definido o que é que uma sociedade pretende. E depois, cada um contribiur para tal à medida das suas capacidades. Mas, mas e mas, cada um tinha que ter nascido ciente das suas capacidades. Pois se houver alguém, um só alguém, que fique num outro nível a orientar capacidades, está tudo perdido. Somos humanos.

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    1. Peço imensa desculpa, mas vim ver como paravam as modas e que vejo eu? - Piadas e afins! Pelo que, cada vez me convenço mais que sei quem é a Dona Sinuosa...ou melhor, outra senhora que, tendo um blogue e tudo, continua tão anónima quanto a Dona Sinuosa...

      Se o Senhor das Nuvens considerar este comentário abusivo, por vir meter o bedelho numa conversa tão educativa, por favor, sinta-se à vontade para o eliminar. Juro que não levo a aml...aliás, até aconselho a que o leia(m) e apague.

      Obrigada, pelo tempo de antena.

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  13. Janita, o meu blog chamava-se Amor de Perdição e tal como se vê pelo título era só de amor e coraçõezinhos, um autêntico Dia dos Namorados durante 365 dias do ano. Mas entretanto fiquei sem muso, por isso...

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    1. Estou encantado com o que está a acontecer. Estou encantado com a possibilidade de estes diálogos acontecerem mais repetidamente. Gostaria que neste espaço, aos poucos, se criasse uma tertúlia. Janita, nunca apagaria o seu comentário.

      Sinuosa, destaco uma parte do que disse "depois, cada um contribiur para tal à medida das suas capacidades", estou de acordo, já está inventada uma sociedade assim.

      Muito Obrigado a Janita e a Sinuosa.
      Até logo

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    2. Permita-me que dirija apenas mais umas palavrinhas, poucas, à Sinuosa.
      A ser quem eu penso, a Sinuosa é uma pessoa que escreve lindamente, muito melhor do que eu, há nos seus textos muito de sentido e sentimento poético, é divertida, alegre, porém, há nela um lado lunar que a não deixa mostrar-se em toda a sua plenitude.
      O que me está a custar é que teime em enveredar pelo lado errado.

      Acredite, Don Luís D'Ávila, os seus comentários e apreciações seriam de muito valor para o seu conceituado espaço.
      Mesmo assim, sob esta capa de «palhacita, a sua perspicácia nota-se à distância. Assim ela queira!

      Tenho dito... e prometo mais nada dizer.

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    3. Fico muito curioso. Não preciso de saber a identidade da estimada Sinuosa que me habituei a ver aqui com grande gosto meu, mas, peço então que ela nos diga onde a podemos encontrar aqui neste espaço dos blogues.
      Um abraço para ambas. Até logo.

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    4. Não tenho engenho para manter um blog público. E muito menos substrato neuronal. Nem cultura. Senão o meu blog era o Malomil.

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  14. Están en medio de nosotros y no nos damos cuenta.

    No son esos prototipos que nos venden en las películas. Su labor callada hace que pasen desapercibidos. A menudo pasan por nuestro lado y ni siquiera nos damos cuenta. Miramos pero no sabemos ver. Mi sugerencia sería que ahora vivamos la vida con unos ojos nuevos que nos hagan ver esos héroes desprendidos y procuremos que cada uno en nuestra medida intentemos parecernos a ellos en sus acciones.

    Besos

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    1. Muy interesante y muy fiel a tu comentario. Estoy de acuerdo contigo. Muchas gracias por dar tu opinión, todos ganamos con el intercambio de ideas.
      Buenas noches y un abrazo.

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  15. OS verdadeiros heróis, estão todos mortos.
    os "outros " não são heróis,são apenas vampiros.
    Digo eu!
    :)

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