Ólha que poeta!
Como-te poesia e bebo-te
nos versos de outros poetas
quando encarno em mim o poeta.
O poeta que vê com olhos destinados
a ver o que não há.
O poeta que fala com palavras
de onde se tiraram as letras.
O poeta que diz "liberdade"
como se dissesse "estou a chegar".
O poeta que escreve "grande é o homem"
e acaba sozinho num lugar obscuro.
O poeta canibal de poetas
criador de carne para outros.
O poeta que sonha como o homem comum
e acorda perdido no futuro.
O poeta vivente de uma história
sem relação com a história dos outros.
O poeta obcecado com as ideias,
as palavras construídas e
com as contas encardidas por pagar.
O poeta que se suicida
para que a poesia deixe de ser trágica,
desnuda-se de tudo até da sua sombra.
Poeta é todo aquele que sonha
ResponderEliminarque vibra qual corda tangente de guitarra,
com os cancros que minam
as sociedades desprotegidas
e incautas.
Que tem contas para pagar
que tem roupa suja sem ter quem
lhe a vá lavar,
mas não se verga
nem se vende,
às mãos dos que o quiserem moldar...
Gostei da aguarela das árvores, mas gostaria mais se tivesse percebido as duas últimas palavras da frase e ela as pudesse associar.
Um abraço. :)
Muito obrigado pelo seu poema/comentário.
EliminarA frase inscrita na aguarela é :
As árvores mais fortes da 5a. (quinta)
Obrigado pela visita
Um abraço
Bom Dia, Don Luís!
EliminarSabendo serem essas as árvores mais fortes da quinta, vejo-me obrigada a fazer a pergunta sacramental, de quem se levantou super bem-disposta, quiçá, em virtude de algum sonho bom, que nem sei qual possa ter sido. Dormi seis horas seguidas como uma pedra...
Eis a pergunta:
As árvores mais fortes são as de baixo ou as de cima?
Aguardo uma resposta esperando que não seja igual à do pastor alentejano, ao lisboeta trocista, que perguntou quais eram as ovelhas que davam mais leite: se as brancas ou as pretas.
Ficou curioso?
Eu conto:
Pastor: As brancas dão 50 litros!
Lisboeta: Ah, e então, as pretas?
Pastor: As pretas também
E quantas ovelhas brancas há no rebanho?
Tenho 200 ovelhas
Ah, e quantas são as pretas?
As pretas também
- Porque responde sempre que as pretas também?
Porque as pretas são minhas!
- Ah, bem. E então de quem são as brancas?
Impávido, qual Senhor das Nuvens, responde o alentejano:
As brancas, também.
Que o seu Dia seja muito feliz e risonho.
:)
Agradeço a hilariante anedota. No meu caso as mais fortes são as de cima. E repare que estão colocadas lado a lado.
EliminarDesejos de um bom dia que, como diz, começou bem.
...lembrei-me da anedota, aqui abreviada, porque reparei que as árvores, de baixo, estão colocadas sobre um fundo branco e negro.
EliminarNeste seu caso, predominando o negro.
Obrigada! :)
Eu é que agradeço a boa disposição.
EliminarEsgotaste tudo o que poderia
ResponderEliminarEm noite desperta
Dizer sobre um poeta
Mas deixo uma impressão
quase certeza
Nunca me suicidaria
pela poesia
Já não asseguro
que o não o faria
por uma proclamação
que nos assegurasse o futuro
Mato-me por isso!
(em sentido figurado, claro!)
Estou de acordo, poesia é poesia, não têm de ser real.
EliminarObrigado pela vinda, e pelas palavras.
Abraço
Bonita figura de poeta desenhada
ResponderEliminarGostei
Agradeço a visita e o comentário.
EliminarBom Dia.
morreu o poeta de poetas.
ResponderEliminarviva a poesia.
gostei
abraço
Bom dia, obrigado pelas suas palavras. Viva.
EliminarEstes meus olhos de poeta "destinados a ver o que não há", dizem-me que hoje também entrou em combustão, L. :)
ResponderEliminarRelampejam, as suas belas árvores/nuvem.
Abraço!
Os seus olhos vêem para além da visão comum e é disso que dá conta nos seus sonetos.
EliminarObrigado pela vinda aqui.
Abraço
As árvores mais fortes da quinta têm um aspecto frágil, um tanto quanto doentio.
ResponderEliminarFORTE, MUITÍSSIMO FORTE é o POEMA de hoje.
Tomo nota da sua apreciação quanto à imagem e agradeço reconhecido quanto ao texto.
EliminarMuito Obrigado pelo ênfase da última linha do seu texto.
Boa Tarde
El poeta, vive en un mundo especial, forjado en sus sueños y el mundo de la realidad, no tiene nada que ver con ese mundo de fantasías.
ResponderEliminarBesos
Su comentario es muy esclarecedor sobre lo que había en el texto publicado. Les agradezco su visita habitual.
EliminarHasta mañana
Un abrazo
Caro Poeta
ResponderEliminarDeixo um poema meu como comentário, espero que não leve a mal.
O Poeta
Pintou palavras desordenadas
Num coração desobediente
Insatisfeito e faminto
De novas cores
Pintou algas nos cabelos
Com palavras que se formaram sombras
Diluídas nas águas
Do poema
E ficou confuso
Ao limpar os olhos
E sentir palavras
Com gosto de cloreto de sódio
2010-06-08 ©Piedade Araújo Sol
Mas claro que só posso levar a bem. Gostei do poema e é um gosto para mim que esse seja o seu poema/comentário. Muito obrigado pela atenção que me tem prestado.
EliminarUm abraço