Foto de Ana Luís Rodrigues
Da série "Poemas do futuro"
Barbeio-te da minha cara
Durante muitos anos
nunca me esqueci de nada
ao ver-me ao espelho
era capaz de ver a coincidência
da tua cara com a minha
De tanto barbear as minhas memórias
fui retirando as camadas
de passado que já marcavam
o meu rosto ___ e continuo
e continuo
e continuo
Da próxima vez que rasurar
as minhas memórias
vou dissolver-te na água
do meu lavatório mental.
Lisboa 2025
Num dia em que aqui chove „gatos e cães“ a belíssima fotografia leva-me às praias italianas durante as minhas férias de verão.
ResponderEliminarEmbora o poema seja escrito em 2025 o passado está presente.
Trágico, muitíssimo trágico é o final do poema.
Ser dissolvida na água do lavatório mental de alguém … é terrível.
A viver o futuro agora. O Verão virá de novo, agora temos de explorar a beleza do Outono.
EliminarComentário de VENTANA DE FOTO que recebi por mail :
ResponderEliminarPor mucho que se quieran borrar los recuerdos, siempre vienen a la mente de forma improvisada..
Besos.
Nunca podremos "disolver" nuestros recuerdos. Un abrazo.
Eliminarboa tarde
ResponderEliminarmais um poema do futuro...
será que podemos dissolver as memórias?!
algumas sim, outras acho que não.
continuaçao de uma boa semana.
:)
A ilusão de que podemos, por acção própria, apagar as memórias.
EliminarUm abraço.
Gostei bastante da forma como descreveu uma convivência. Até as memórias se confundem. E elas também se perdem no labirinto em que vivem. Abraço.
ResponderEliminarAs memórias, involuntariamente esquecemos umas e lembramos outras, nem sempre as que queríamos.
EliminarUm abraço
Antes ter memórias para rasurar do que não ter nenhumas.
ResponderEliminarAbraço e saúde
Agora achei graça. Estou de acordo.
EliminarUm abraço.
2025 está já aí, não tarda
ResponderEliminarespero
que da memória tida
nada se apaga
«Somos a memória que temos...»
Não se apaga tudo, mas para bem da nossa sanidade mental esquecemos algumas coisas.
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