Da série "Poemas do futuro"
A possibilidade de um poema
Um sorriso que ficou no teu cigarro
a queimar-se no cinzeiro ___ a adormecer
uma sonata de Mozart aprisionada
no piano ___ a guardar as emoções
o meu suspiro dentro de um copo
de cerveja ___ um rasto de prazer
tudo abandonámos
Aqui estamos ___ onde conseguimos chegar
fugitivos do caos da Europa
e da escravatura da Península
por onde entram os do outro lado do mar
Estamos em guerra com a guerra
trocámos o cheiro da pólvora
pelo cheiro das gentes num comboio nocturno
Aqui estamos ___ onde conseguimos chegar
a um fotograma deste trágico filme
Fechado o portão do queixume
o sorriso
Mozart
um copo
e a possibilidade de um poema
antes dos destroços.
Scandicci - Florença 2030
Sinceramente é triste demais e como dizem, o futuro a Deus pertence e nós simples peões deste xadrez não conseguimos adivinhar.
ResponderEliminarBeijocas e um bom domingo
Tendo como referência o passado e os indícios do presente, é possível fazer previsões. Não acredito que o futuro pertença a uma entidade cuja existência cada vez é menos provável, será a acção do homem que determinará o caminho da humanidade.
EliminarUm abraço.
Todos temos a possibilidade de criar um poema, projectando-o no Futuro.
ResponderEliminarBasta que nos remetamos às nossas melhores lembranças do Passado.
A tudo o que mais gostámos.
Às composições que nos aquietaram a alma.
Com tudo isso, intervalamos com os temores do Presente,
atiramos as palavras ao vento e onde elas forem parar,
poderá estar a nossa sorte...ou o nosso azar!
Um abraço e um bom Domingo.
O seu comentário é importante, trata com compreensão o texto de hoje que, acho, tem algo de polémico por prever a catástrofe.
EliminarUm abraço.
Se acredita na iminência dessa castástrofe, e que ela pode ser evitada, condene então quem, em nome de um poder ridículo, ameaça a vida de toda a Humanidade...e não me venha dizer que as outras grandes potência é que são culpadas em não ceder aos caprichos de um louco...
EliminarNão vou discutir esse assunto aqui, é vasta a discussão possível. Mas ainda assim lhe digo que o assunto que está implícito na sua mensagem, apenas fundamentada na emotividade, foi criada pelo ocidente, EUA à frente a usar um povo contra outro. Sou pela paz.
EliminarSe é pela paz não ande a atazanar a vida dos outros. Cada um é livre de ser e estar, no seu espaço, como bem entende.
EliminarEstive no blog da UJM e é simplesmente constrangedor, como não soube parar a tempo e continuou com a mesma frase em várias publicações. Se for lá mais logo e o meu comentário tiver sido publicado, ficará a saber porque não voltarei a colocar aqui nenhum comentário...Falar da Rainha Isabel II é tão fútil como escrever poesia, por exemplo. Mas insistir?
Quem diria?
Passe bem, senhor moralista.
A ira e a emotividade cega plantadas sobre a negação ao esclarecimento, é má conselheira. É o que se passa no tal blog que refere.
EliminarPassarei bem mas com outros parâmetros de moralidade.
Já li o seu comentário no tal blog fútil e ofensivo. E por ser ofensivo deixei o meu testemunho que, mesmo assim, nunca tomou a forma sequer parecida com a violência verbal rasteira da tal autora do blog, tanto mais que ela esconde comentários que não lhe interessam.
EliminarVou concluir num tom que não costumo usar. A dona Janita tem feito deste espaço um local de confronto com várias pessoas, eu tenho sido tolerante, mas agora tenho de lhe dizer que talvez deva assentar arraiais no tal blog desnivelado, a que reconheço o direito de defender as posições que entender mas não acicatando os que não pensam igual à autora. Aliás, basta verificar a carência de comentários às futilidades que publica, daí avançar para textos ofensivos que suscitam comentários.
Por último digo-lhe que foi de muito mau gosto dar publicamente indicações da minha identidade.
Saiba que vou ver como a bloquear neste blog.
Eu assento arraiais onde quero e não onde me mandam. Só para atestar da veracidade das suas afirmações; no início deste mês respondeu aos seus leitores sob um outro pseudónimo, porque o fazia do telemóvel, mas AQUI o BNN esteve sempre disponível para as tertúlias que tanto gosta. Bloquei-me à vontade, sim, é um favor.
EliminarJanita és uma desiquilibrada! Ainda Bem que te bloquearam...
EliminarBlogs a mais na tua cabeça...
Não digo cérebro, porque não o tinhas...
Eis-nos aqui, regressados a um passado que nos foi pesado, agora toda a Europa ocidental connosco, algures refugiada num mundo miraculosamente pacífico no qual a saudade - e só ela - pode ser cantada até que a guerra alastre e invada também esse derradeiro refúgio da paz.
ResponderEliminarPor puro acaso, estou mesmo a ouvir Mozart e a fumar um cigarro...
Forte abraço, L.!
A Europa ocidental poderá estar connosco mas, muitos de nós não estão com ela. Ouçamos Mozart e preparemo-nos para o devir.
EliminarUm abraço.
O meu “deus desconhecido” está a adorar esta série “Poemas do Futuro”
ResponderEliminarELE riu quando leu “1984” de George Orwell e afinal …
ELE quer que o POETA continue a poetizar reflexões sobre o FUTURO, que faz ver a sociedade de outra maneira.
Estimulante este seu comentário. Se a imaginação permitir, talvez continue.
EliminarComentário de Elvira Carvalho recebido por mail :
ResponderEliminarPossivelmente em 2030 já cá não estarei e por isso prefiro pensar que a humanidade vai acordar uma manhã, e mudar de rumo.
No fundo eu sei que é ingenuidade , mas tal como escrevi em tempos
Se ter fé na humanidade
Se ter fé e esperança
no futuro
é ser louca.
Bendita seja a minha loucura!
Abraço, saúde e boa semana
Só podemos confiar no homem para resolver os problemas que o homem criou. Como disse hoje no meu primeiro comentário, só o homem determinará o caminho da humanidade.
EliminarEstaremos cá ainda em 2030 e comentaremos isso aqui... se nos lembrarmos.
Um abraço cara Elvira.