Diálogo comigo mesmo
-Não me perguntas o que foi o meu jantar
para eu ter oportunidade de te contar o que comi?
Eu conto!
-Apareceu aqui uma vizinha de quem eu acho que já te falei
uma senhora chamada Tristeza.
Vê lá o nome que lhe foram pôr!
E disse ela:
-Que estava sozinha e tal, e eu também
e se eu queria ir jantar a um restaurante que abriu há
pouco chamado "Dá-me a tua mão"?
Achas o nome giro?
-Lá fomos, a pé, a Tristeza anda sempre a pé,
mas não se cansa e tem a mesma idade do que eu,
nascemos precisamente no mesmo dia.
-"Fomos por aí abaixo" quase não falámos
porque ela não fala mas pela sua expressão
entende-se quase tudo.
Mas pronto … isso não interessa.
Vou dizer-te o que comemos:
- Sopa de Lágrimas
- Uma Tosta Triste
- Uma salada mista de desgostos e desencontros
e como sobremesa foi um doce da casa que se chama
"Saudades de Ti".
-Entretanto a senhora, a Tristeza, começou a falar com outra
pessoa e, como estava a demorar-se muito,
voltei para casa sozinho
para ficar à espera que chegasses
para falar contigo e te contar o que foi o meu jantar.
-Achas que fiz alguma coisa mal?
Boa noite, tristeza!!
ResponderEliminarEscrever comentários absurdos, não significa, que eu não leve a sério a sua POESIA.
Eu gosto de todos os comentários e fico contente com a sua vinda a seguir à publicação. Até amanhã.
EliminarUma noite descansada.
Teresa.
EliminarA Françoise Sagan é que escreveu: «Bonjour Tristesse», que li há imenso tempo.
Desculpe a intromissão, Sr. das Nuvens.
Boa Noite.
Um clássico da literatura francesa.
EliminarAdorei de ler o romance durante um verão muito quente na Assafora.
Gostei de ver o filme no Festival do Cinema de Berlim.
Para o nosso amigo Sr. das Nuvens só ficou «Boa noite, tristeza!»
BOA NOITE,ALEGRIA!!!
Resposta para Janita. Fez bem, tudo o que seja comunicar vale a pena e agradeço.
EliminarUma Noite descansada.
Resposta para ematejoca. Um grande obrigado.
EliminarBoa Noite.
Não creio que tenha feito nada errado, escolheu foi mal a companhia.
ResponderEliminarPara a próxima vá com a Dona Alegria.
Será que se andou a inspirar no "Angustia para o Jantar" de Luís de Sttau Monteiro?
:-)
Aceito o conselho, que agradeço, mas por agora é pouco provável.
EliminarBoa Noite.
Eu já fui a esse restaurante
ResponderEliminarescolhi o menu alternativo
e levei a senhora Alegria comigo
Saboreámos
- tostas de sorriso, como entrada
- massada do mar, com o sol ao ao fundo
- desejos salteados, em vez de salada
- e por sobremesa mousse com sabor a futuro
A senhora Tristeza também queria entrar, mas à porta
a inibição
"Reservado o direito de admissão"
Muito interessante o seu poema como contraponto. Fiquei deveras agradado.
EliminarAgradeço-lhe.
Até amanhã, uma noite descansada.
Conceito interessante este.
ResponderEliminarQue me lembre nunca o tentei.
Gostei
Muito obrigado. São momentos em que a ideia se vai formando com palavras.
EliminarObrigado.
Boa Noite.
Tudo está bem quando acaba bem: não levou a Tristeza para casa.
ResponderEliminar:)
Acho que está perto é minha vizinha.
EliminarObrigado por ter vindo e pelas palavras.
Boa Noite.
Pobre tristeza que é tão triste, ;)
ResponderEliminar.
Saudação poética
Obrigado, um abraço.
EliminarDiálogo ou monologo comigo mesma
ResponderEliminarNão me perguntes nada acerca de ontem ou o que comi ao almoço.
Para quê, nem te vou contar!
Acordei e só me apetecia ficar na cama
Mas a meu lado estava alguém
Que me pareceu a tristeza
Essa vilã camuflada
Que de vez em quando quer calcular
Forças comigo, mas está tramada
Porque eu não deixo.
Faço das tripas coração,
Mas não quero que ela me abata
Então! E como já eram horas de almoço
Dei um salto da cama para o chão
Que quase partia um pé
Respirei fundo e meti-me debaixo do duche
Cantando como um pássaro desafinado
Que até tive receio o vizinho de 4ºandar
Não viesse reclamar, enfim, se viesse
Não lhe abria a porta
Abri o roupeiro e tirei o vestido vermelho
Vesti-o e achei, que me está um pouco largo
E que ficava com um decote indecente
Mas não me importei
Não ia na CP não havia problemas
De me chamarem a atenção paras mamocas
Calcei os sapatos de salto alto
E saí para o dia
Desci a Av. da Liberdade
E o meu almoço foi
Um sumo de laranja e uma tosta mista
Soube-me tão bem como se estive
A almoçar num daqueles restaurante de Cascais
Onde me costumavas levar
Sabes… quando tomei o café (sem açúcar)
Lembrei-me de ti, e vi a sombra da tristeza
A querer sentar-se a meu lado
Paguei a conta
Sacudi os cabelos e desci a Av.
Com o meu vestido vermelho
Os meus saltos altos
E um sorriso maior que o sol
Sorrindo para fora
E chorando para dentro
©Piedade Araújo Sol 2020-09-13
Inspirado aqui e agora!
:)
Mais um maravilhoso e triste poema da família do meu e passado com alguém que é nossa conhecida. Gostei muito e agradeço a distinção dessa oferta desse seu poema.
EliminarBoa Tarde.
Foi feito assim de improviso,mas se gostou daqui a dias publico lá no meu espaço, com o link para aqui, que foi onde me inspirei!
EliminarMuito obrigada!
Bom domingo!
;)
Acho que sim, deve publicar, gostei muitíssimo. É uma honra a sua inspiração ter nascido aqui.
EliminarEu é que digo Obrigado.
Bom domingo e todos os dias seguintes.