Acordo a engolir o silêncio
Acordo com a sensação
de ter a germinar uma pedra
na cabeça amarrotada,
de ser náufrago absurdo
na minha cama-jangada.
Por isso
com restos doutros poemas
faço um poema hermético
a armar ao rebuscado
um poema desconchavado
a armar ao complicado.
Na calma movediça
deste porto lamentoso
vejo as horas p'las estrelas
na hora que se anuncia
pro banquete das manadas.
Com o gesto destas mãos
crio a ideia de ti
e aqui ficamos os dois
a mascar a excitação
com os corpos perturbados
a engolir o silêncio.
Já está pronto o meu poema.
Peço agora esfomeado
meia de leite e uma torrada.
O silêncio em oposição à palavrae ao gesto nas relações humanas.
ResponderEliminarBem construído
Agradeço a sua análise pessoal.
EliminarBoa Noite.
Pé-ante-pé, juntando os sobejos
ResponderEliminarbrinca com as palavras
não lhe adiciona beijos...
Desfaz do que faz
e o poema nasce
pás - catrapás- pás....
Na Primavera toda a natureza se cobre de verde, porque Deus manda que se ponha a mesa às lagartas, sabia?
A sua nuvem grande cheiínha de crateras lá vai despejando água nas couves roxas, ou alfaces vermelhuscas.
Na pintura bem como na p+oesia vale tudo...
Noite Serena, meu Caro Dom Luís D'Ávila.
(adoro chamá-lo assim, com toda a pompa e circunstância. Gosto mesmo. )
Um comentário/poema, um esclarecedor texto sobre a relação da Primavera com as lagartas, uma interpretação da imagem e um gentil baptismo da minha pessoa.
EliminarTudo isto eu agradeço. Desejo-lhe também uma noite descansada.
Nota: lembrei-me que nunca lhe disse que a minha avó espanhola tinha o apelido Moreno (Eustáquia Arrabal De Moreno).
Se fossemos aprofundar a pesquisa sobre as raízes da nossa árvore genealógica,
Eliminarquem sabe não descobriríamos que ainda somos parentes?!
Eu gostava... 🤔
Obrigado pela expressão do seu agrado.
EliminarA sua Poesia é um jogo livre de palavras e metáforas, mas nunca a armar ao rebuscado, nenhum poema é desconchavado a armar ao complicado.
ResponderEliminarFicamos as duas — a POESIA e eu — a mascar a excitação
bebendo meia de leite e comendo uma torrada.
Com um gesto rápido agarro a primavera e fujo com ela...
Gostei do comentário e do apoio que li nas suas palavras. Pode levar a primavera, há mais e mais e mais primaveras.
EliminarDziękuję za wizytę.
ResponderEliminarDzień dobry.
Tłumaczenie Google
Remata o seu poema " hermético a armar ao rebuscado" com meia de leite e uma torrada. Eu, todos os dias acordo com o dilema de ter de escolher o comprimido, dos dois que deveria tomar em jejum, que devo engolir primeiro. Depois, há toda uma série de outros comprimidos, decerto herméticos, que se lhe sucedem, antes ainda da meia de leite. Abdico da torrada.
ResponderEliminarAbraço, L.
O final do meu texto é o momento que dá lugar ao seu comentário muito engraçado e que eu agradeço.
EliminarAté logo.
Ahahaha, Terminou o poema de forma divina. Ri com gosto. Gostei do trocadilho feito com as palavras.
ResponderEliminarA aguarela é, como sempre, muito bonita.
.
Deixando um abraço amigo
Isso quer dizer que o meu desejo teve resultado.
EliminarObrigado pelo abraço amigo que retribuo.
Mais uma poesia interessante, com um bonito "jogo" de palavras. A aguarela também gostei !
ResponderEliminarMuito obrigado pela consideração do comentário.
EliminarUm abraço.
El silencio, que en cualquier momento puede ser interrumpido, por el viento sacudiendo las ramas de los árboles, unas gotas de lluvia que golpee en la ventana o bien un gato que maulle en un noche de celo.
ResponderEliminarBesos
Muy lindo tu comentario que enriquece mi texto.
EliminarMuchas gracias
Un abrazo
Um poema onde o silêncio é rei e senhor.
ResponderEliminarMas no fim deu-lhe a volta.
Para mim uma torrada e um café curto.
Beijinhos
_:)
Olá, obrigado, também terminou o seu comentário com humor.
EliminarUm abraço