Acrílico sobre tela engradada pintada no verso 30X30 cm.
A despedida do pai austero
Projecta-se a sombra
na parede do quarto
obra da luz fraca, amarela
da mesa de cabeceira.
O pai morto mais uma vez
mas vivo ainda
para nos dizer:
Gosto de vos ver todos aí
não me peçam para ir já
tenho a minha identidade
tenho a minha vontade
e quem me contradisser
leva já um estalo.
E morreu.
Inesperada lição de vida. E dura
ResponderEliminarO humor num assunto sério.
EliminarAo chegar ao final do texto poético, não pude evitar o riso, L.
ResponderEliminarO assunto é bem sério, no entanto; fiquei com a estranha sensação de ter soltado uma gargalhada num velório real...
Forte abraço!
A sua reacção foi a que desejei. Agradeço a sua sinceridade que me deu grande satisfação.
EliminarUm abraço.
Ontem à noite ri-me tanto ao ler o poema, que não tive coragem de comentar, pensei que era a minha famosa falta de sensibilidade.
EliminarHoje, ao ler que a Maria João soltou uma gargalhada, fiquei liberta de culpa.
O quadro é diferente e lindo.
Eu desejava essa reacção por parte dos leitores e fico reconhecido por confessarem o Vosso riso.
EliminarNão sabia que era a reacção que o poeta desejava e, se não fosse o comentário da MARIA JOÃO BRITO — poetisa com grande sensibilidade — nunca o confessaria.
EliminarFico reconhecido as todas e todos os leitores.
EliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarMuito obrigado pela vinda e pela caracterização do personagem do texto, com a qual concordo. Espero que tenha sorrido com o final.
EliminarO quadro pertence à série que esteve no Espaço/Galeria António Borges Coelho.
Bom Dia
Este comentário foi removido pelo autor.
EliminarNeste seu comentário bastavam as duas primeiras linhas.
EliminarTarde o temprano, todos vamos a pasar por similar situación.
ResponderEliminarBesos
La vida se reserva el final que, aunque sabemos que sucederá, siempre es una sorpresa.
EliminarBuen fin de semana, un abrazo.
A morte é mais forte do que qualquer tirano, felizmente ! :)
ResponderEliminarGostei da originalidade da tela.
Um abraço !
Sim, nem os tiranos resistem. Obrigado.
EliminarBom domingo. Um abraço.
No fim os tiranos morrem como toda a gente.
ResponderEliminarEmbora fraco sempre é um consolo.
Gosto da tela. A Trindade desceu à terra num dia de chuva?
Abraço, saúde e bom domingo
Os tiranos morrem como toda a gente mas antes de morrerem causam muito mal.
EliminarObrigado por ter vindo.
Saúde, um abraço.
Um dia, minha filha
ResponderEliminarem pleno velório
não sabia eu de quem
deixou tocar seu telemóvel
que tinha como som de chamada
uma gargalhada
Sei agora que era esse o finado
Acontecimentos inconvenientes que ficam para a história.
EliminarE morreu... engasgado. Há versos poderosos!
ResponderEliminarLuis, nunca tinha visto uma tela pintada no verso.
Pra tudo há uma primeira vez.
Beijo.
Está quase tudo inventado, a procura de originalidade por vezes dá nestas coisas. Um abraço.
EliminarE morreu!
ResponderEliminarControlando até a morte.
Mas deve ter morrido feliz.
Até ao final fez o que mais gostou.
Mandar em tudo e todos.
:)
Bem observado.
EliminarObrigado.
Um abraço