Lugar de exílio
Esta é a minha casa
a que contém pelos cantos
a minha história.
A minha casa é a paisagem
o meu lugar de exílio
é outro país.
A minha casa enorme é
não só claridade
mas luz
está nela o mar
e o medo.
A minha casa é o lugar
de meditação
e a vontade que tenho
de me perdoar
é maior do que a que tenho
de me castigar.
Na minha casa voo distraído
e bato com estrondo na parede
e morro
todos os dias.
O exílio da alma dói mais que o exílio do corpo
ResponderEliminarGostei
O exílio do corpo pode originar o exílio da alma.
EliminarObrigado.
Um dos seus mais belos textos poéticos, na minha opinião, L.
ResponderEliminarE é lindíssima, a pequenina representação da sua enorme casa.
Também a minha casa há muito deixou de ter porta; agora tem apenas um postigo por onde entram os bens essenciais e saem poemas, muitos poemas.
Forte abraço!
Agradável comentário logo pela manhã, estimulante.
EliminarAqui também estamos à janela.
Um abraço
Bom dia!
ResponderEliminarGostei muito da história que os cantos da sua casa contam.
Gostei que ela seja a sua paisagem, tudo o que o rodeia.
Gostei que nela encerre a luz, os medos, o mar e as marés.
Gostei que ela seja o seu recolhimento, a vontade de perdão.
Gostei, por muito que me/lhe custe, esse voo distraído, (tão característico em si)
que o faz bater na parede.
Até gostei, veja só, dessa morte diária que faz de si o Deus no qual não acredita,
porque, morrendo, sempre ressuscita.
Só não gostei, isso não, que essa aguarela, tão bonita, tenha sido a mesma, já anteriormente oferecida... :)
Gostei muito do seu comentário que, afinal, é também um poema. Fico sensibilizado com algumas das suas palavras.
EliminarQuanto à aguarela, pertence a alguém sim, não foi mais do que uma prática que tenho seguido e também consigo, todos têm direito.
Ah...essa dificuldade que o Luís tem em entender as minhas palavras e lhes dá, SEMPRE, um sentido que eu NÃO lhes coloquei.
EliminarAcaso eu neguei direitos a quem quer que seja?
Nego é o direito a usar-se o que já se deu.
O que damos não mais nos pertence.
ENTENDEU, agora?
Lamento ter de a contrariar.
EliminarUm autor não perde a autoria do seu trabalho por o ter vendido ou doado. Imagine só (este nome como exemplo) a Paula Rego não poder exibir um trabalho seu numa publicação por já o ter vendido ou doado. Quando muito será correcto dar conhecimento ao proprietário de que vai exibir o dito trabalho, coisa que tive o cuidado de fazer.
Lamento mas não ENTENDI agora.
Calma, nem tudo pode ser motivo de desacerto entre as pessoas.
Lamenta, é? Entendeu e muito bem. Mas, se alguma vez publicar aqui, as aguarelas que me ofereceu ou vendeu, eu não deixo que o faça sem referir a quem pertecem, viu?
EliminarNão, senhor, nem tudo é desacerto entre as pessoas, por isso há normas de conduta, certo?
E VIVA A SAÚDE!!
"Nego é o direito a usar-se o que já se deu.
EliminarO que damos não mais nos pertence."
Esta é a sua frase. Vejo que a sua réplica já se adaptou à realidade.
Claro! Isso só vem comprovar que sou uma mulher realista...
EliminarMas o Luís não pense que lhe concedo a razão.
Fez alguma referência ao publicar esta aguarela, como o faria a Paula Rego?
" Quando muito será correcto dar conhecimento ao proprietário de que vai exibir o dito trabalho, coisa que tive o cuidado de fazer."
Pois, mas eu não soube que o fez! Deveria tê-lo mencionadao.
E agora, diga o Luís o que disser já cá não venho.
Comentar usando URL é uma trabalheira que este tema não merece.
A dona da aguarela ficou feliz e orgulhosa em vê-la aqui acompanhada por um dos mais maravilhosos poemas.
ResponderEliminar...já sabia que virias, e ainda bem que não me enganei.
EliminarE, obviamente, mantenho o que disse.
Um abraço aos dois amigos que prezo e respeito, porém, não permito que distorçam o sentido das minhas palavras.
Nem aqui nem em lado algum.
Só isso!
Uma saudação à Teresa e à Janita.
EliminarTermino dizendo ABAIXO O COVID 19! VIVA A SAÚDE!
Ao que eu respondo: VIVA!
EliminarCaro Poeta
ResponderEliminara aguarela é doce é linda é azul (adoro).
o poema é a casa do poema
a casa é apenas uma metafora
dos dias, das dores e das vitórias
o perdão existe e é bom
basta pedir, ou não, pois estamos todos perdoados
desejo-lhe saúde e paz
beijinhos
:)
Maravilhoso comentário com interpretação com a qual concordo. É animador que os leitores se sensibilizem.
ResponderEliminarUm abraço.
En tu casa te sientes dueño y señor y es donde estás más cómodo.
ResponderEliminarBesos
Nuestro hogar es nuestro refugio, nuestro mundo.
EliminarUn abrazo.
Que linda a sua casa, sem porta, mas com cor e luz, até a lua sorri.
ResponderEliminarAs nossas casas são agora, lugares de exílio, onde todos os dias morremos um bocadinho. Mas, enquanto a vontade de nos perdoarmos foi maior que a outra vontade, há esperança de um voo livre.
Um abraço!
Bom jogo com as palavras do texto, gostei muito. Estimo muito as suas visitas.
EliminarUm abraço.
Um poema que me agradou imenso.
ResponderEliminarA minha casa é sempre o ponto de encontro comigo mesma.
Abraço e saúde
A nossa casa é o sítio certo.
EliminarSaúde, um abraço.
Muito bonitos.
ResponderEliminarA aguarela e o poema.
Bfds
Muito obrigado pela visita.
EliminarUm abraço
Luis, adorei a aguarela e o poema!
ResponderEliminarUm dia destes, voltarei para o reler... e não só.
Beijo, bom domingo.
(Luis, é sua a pétala mais visualizada de Janeiro 2021. Está lá, no canto superior esquerdo do Pétalas. Eu gostei muito!)
Volte sempre, gosto muito dos seus comentários. Vou agora ver o seu blog.
EliminarBom domingo e um abraço.