Rasuro tudo
Rasuro as memórias com que fiquei
dos contornos de certos corpos silenciosos.
Rasuro a agonia das viagens às profundezas
da inocência inacreditável.
Rasuro as palavras outrora preciosas
que criaram nascentes de coisa nenhuma.
Rasuro a dedicação contra o abandono
para não soçobrar em ondas de arrependimento.
Rasuro-me ___ rasuro-me
até não ser mais que um palimpsesto
em êxtase puído pelo silêncio.
Melhor será parar
com estes cânticos da idade.
A vida não pode ser reescrita, as nossas memórias não se apagam com pedras pomes a esfregar até sair o que nela já escrevemos... e a água de um rio não passa duas vezes debaixo da mesma ponte.
ResponderEliminarBeijo rasurado
Estou de acordo mas poesia é poesia.
EliminarObrigado. Um abraço.
Eu saúdo esses cânticos da idade — tão azuis como o sonho primaveril que leva o POETA à infância.
ResponderEliminarRegisto a sua saudação ao azul.
EliminarA idade protege nos e impulsiona o que de bom temos para deixar como legado
ResponderEliminarUma ideia correcta mas nem sempre.
EliminarEu também saúdo os "cânticos da idade", bem como o direito à rasura, ao azul, à "inocência inacreditável" e até ao "palimpsesto" de si próprio!
ResponderEliminarSaúdo-o, L., e deixo-lhe o meu abraço.
Obrigado pela concordância com o texto.
EliminarSaúde, um abraço.
Que se rasurem as agonias da memória
ResponderEliminarQue se rasurem as palavras que trazem dor
Que se rasure tudo o que trouxer sofrimento
Que fique apenas o êxtase, num cântico de amor...
Mas que bonito, esperançoso e animador comentário. Agradeço a atenção que dedicou ao texto.
EliminarAinda bem que gostou. Eu também gostei de saber que, de alguma forma, me redimi - perante mim, claro - do desânimo que eventualmente, alguns outros comentários meus lhe trouxeram.
EliminarObrigada.
Não precisa de se redimir, até agora não tenho qualquer "reclamação" a fazer. Tem sido um gosto.
EliminarObrigado.
Hay canciones que nos trasportan a otras épocas.
ResponderEliminarUn placer leerte.
Besos.
Gracias por su visita. Nos gusta revivir el pasado cuando es feliz. Un abrazo.
EliminarDevemos sempre fazer, o que pensamos que nos faz bem, se rasurar, rasurar e voltar e escrever nos liberta, força!
ResponderEliminarRasuremos tudo!
Um abraço
Folhas sobre folhas até à exaustão.
EliminarObrigado. Um abraço.
Boa tarde Luís. Acho que todos em nossa vida já rasuramos uma parte da história da nossa vida. Grande abraço do seu amigo Luiz.
ResponderEliminarTem razão, de vez em quando lá rasuramos uma.
EliminarUm abraço amigo Luiz.
Que se rasure tudo menos os caminhos da vida. A tela rasurada ficou gira..
ResponderEliminar.
Abraço poético.
.
Tomei nota. Obrigado pela visita.
EliminarCumprimentos.
Caro Poeta
ResponderEliminartodos nós rasuramos tanta coisa em nossa vida
somos todos humanos
temos o direito de falhar e rasurar muita coisa...
boa semana!
saúde e harmonia é o quelhe desejo
:)
De vez em quando tentamos apagar, uma ilusão, a memória volta.
EliminarObrigado.
Nada conduce, conservar los recerdos que producen dolor.
ResponderEliminarBesos
Tiene toda la razón, pero no podemos borrar los recuerdos. Un abrazo.
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