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Falar sozinho, sei como
Tenho para trocar
dois lábios
dois olhos
dois ouvidos.
Troco tudo o que disse
tudo o que vi
tudo o que ouvi
por um novo nascimento.
Troco tudo por um lugar
onde arrumar as palavras certas
nos momentos certos,
por mais olhares inocentes,
por novos sussurros e segredos.
Tenho para trocar
dois lábios
dois olhos
dois ouvidos
e junto dou como brinde
um pouco de azul do céu
onde guardo o entendimento
de que com a poesia podemos
aprender a falar sozinhos.
Trocar até mesmo a nossa sabida mental
ResponderEliminarPara começar de novo.
EliminarTudo podemos com a poesia !é a pintura falante.
ResponderEliminar_ a emoção e a expressão da Arte do poeta.
Obrigada pelo azul onde habita o céu.
bom sábado e abraços
Podemos ficar acompanhados. Obrigado.
EliminarBom fim de semana. Um abraço.
Eu troquei „A mentira como arte“ || „Die Lüge als Kunst“ por com convite!!
ResponderEliminarNão consigo entender o seu comentário.
EliminarSOU A MESTRE DO ENIGMA!!
EliminarQue todos somos artistas
EliminarDisse Beuys, com razão.
Ser-se Mestre no disfarce
Poderá ser uma arte
Que alguns têm, outros NÃO!
Uma frase do ícone alemão muitíssimo mal interpretada, porque NÃO está completa.
EliminarO mesmo sucedeu com uma frase de Sócrates.
Temos que ler as frases no contexto para as. compreendermos..
Já lá dizia António Aleixo:
EliminarP’rá mentira ser segura
E atingir profundidade,
Tem que trazer à mistura
Qualquer coisa de verdade.
M.A.
Tanto tu, JANITA, como o teu ícone António Aleixo, trazem à mistura qualquer coisa de verdade!!
EliminarA saber:
EliminarAntónio Aleixo, cauteleiro, guardador de rebanhos e Poeta, não é somente o ícone da Janita nem da Maria Antonieta.
É de todos quantos se orgulham de ser portugueses, quer tenham nascido no seio de famílias humildes ou burguesas.
Só para terminar, fica mais uma quadra adaptada à presente situação:
Entras sempre com doçura
A mentira, prá agradar
A verdade entra mais dura,
Porque não quero enganar.
Foi um prazer este diálogo, que termina aqui.
JANITA, TODOS NÓS SABEMOS QUE TU ÉS A MARIA ANTONIETA!!!
EliminarBom dia!
ResponderEliminarO pedaço de Céu que à partida nos oferece, fabulosamente belo, de um azul intenso onde a graciosa nuvem branca vai sendo empurrada como que por uma espécie de ar frio, já me satisfaz.
As palavras, utópicas, como convém num texto poético, seguem o caminho que já nos habituou, logo, sem surpresas.
Já pensou que pode renascer mesmo sem doar nada nem trocar as suas vivências que, boas ou más, são suas e só suas?
Basta que faça tudo diferente do que fez no seu passado, retome os caminhos percorridos e dê-lhes novo rumo. Quem sabe renasça em si o olhar inocente, o espaço certo onde arrumar as palavras certas, talvez aquelas que nunca disse, obtendo assim, a graça de novos segredos, murmurados ao seu ouvido...
O pior é que se os conselhos resultassem, não se davam, vendiam-se, né? E poesia é poesia... :)
Um abraço.
(Ah, acho que este conselho/pedido vai seguir... por favor, retire o acento agudo da palavra sozinho. )
Bom dia.
EliminarMudar de rumo é uma prática que tenho seguido ao longo da minha vida mas, de tanto renascer, acabamos por morrer afogados em tanta mudança.
Obrigado pelas referências simpáticas à publicação de hoje.
Correcção efectuada, agradeço.
Um abraço
Belíssimo pedacinho de azul...
ResponderEliminarSei que a leitura do poema não deve ser literal e muito menos exigir uma resposta literal, mas... não resisto, L. ;
Uma troca é uma troca, pressupõe o "toma-me lá e dá-te cá", e eu não cederia nem um pedacinho de mim, fosse pelo que fosse, por estranho que possa parecer.
Outra coisa será aquilo que de nós vamos oferecendo nos poemas nossos de cada dia :) Essas são trocas mais do que justas e sempre produtivas, muito embora, por estar em fase de pousio, me encontre claramente em falta.
Não me parece que queira renascer, L.. Eu não o quero. Tudo o que quero é recuperar a acuidade visual, manter a muito pouca autonomia física que me resta e poder continuar a escrever quando sair deste "pousio".
Forte abraço!
Talvez fosse interessante viver esta vida como treino e voltar depois com a sabedoria e a prática adquiridas. Tudo o que ficou escrito na publicação de hoje é o delírio de quem é o que é sem a possibilidade de ser outro.
EliminarObrigado pelo seu desenvolvido comentário que tomo sempre em conta.
Um abraço
EliminarMuitas vezes me têm assaltado esses pensamentos de como seria bom termos duas vidas para viver.
A primeira seria de aprendizagem e treino, para na segunda termos a oportunidade de corrigir os erros que cometemos na primeira e sermos diferentes, para melhor. Afinal, não sou só eu a sentir esse desejo...
Desculpe a intromissão e quaisquer outras coisinhas, que acaso o tenham desgostado.
Digo o mesmo, afinal não fui só eu que pensei nisso. Está tudo bem e... sereno.
EliminarLi e reli o poema. Parece-me, como em muitos outros que por aqui tenho lido, que o poeta carrega consigo, uma enorme inadaptação à vida atual, ou à idade. Mas provavelmente não passa de um estilo literário, a sua forma de fazer poesia, pois como disse Fernando Pessoa, o poeta é um fingidor. Gosto desse pedaço de céu.
ResponderEliminarAbraço, saúde e bom fim de semana
Juntamos a realidade da nossa vida com a ficção e o resultado é a incerteza, o absurdo, paisagens desconhecidas. Obrigado pelos seus comentários atenciosos.
EliminarSaúde, um abraço.
A poesia tudo permite e tudo alcança, até podemos ser donos, de um pouco de céu.
ResponderEliminarAssim sendo, estou disposta a trocar, o meu pedaço de céu, pelo seu.
Um abraço !
A possibilidade de inventar o irrealizável está ao nosso alcance.
EliminarUm abraço.
Que lindo é o azul do céu que tem para troca, Luis!
ResponderEliminarNão troque tudo, poeta, é um gosto vê-lo aqui, inteiro, tal qual é.
Porquê não deitar fora essa mágoa?
Beijo.
Tomo em consideração o seu comentário e agradeço-lhe as suas palavras.
EliminarUm abraço.
A poesia para alguns é um estado de escape, de amor e de outros tantos sentimentos.
ResponderEliminarSim, concordo que um bocado de céu pode nos ensinar a falar sózinhos, mas também nos pode trazer a calma e a paz que precisamos, em vários momentos da nossa vida.
;)
A poesia mantém-nos vivos e a lembrarmo-nos de nós.
EliminarUm abraço