Foto de Ana Luís Rodrigues
Nada ficou diferente
Havia um aroma
dos bolos da infância
no teu corpo adormecido.
Havia uma poesia
em cada bocejo teu.
Havia um cântico
na tua voz rouca
ao acordar.
Havia um diálogo
sem palavras
falavam os nossos corpos.
Folheio o meu diário remoto
nunca escrito
e cabisbaixo
abandono a vida em passo vagaroso
olhando para trás
de vez em quando
para ver se algo
ficou diferente.
Bolos de infância são sempre os mais deliciosos
ResponderEliminarSão inesquecíveis.
EliminarO amor é a poesia
ResponderEliminarQue a alma cria pois sente
Que há uma luz fulgente
NO sentimento, por via
Desse amor como a magia
Que indelevelmente
Marca coração e mente
Com a mesma luz que alumia
Esse amor que é poesia
Que nasce espontaneamente.
Abraço cordial. Laerte.
Muito obrigado pelo seu poema que veio enriquecer este espaço.
EliminarUm abraço também para si.
Bom dia!
ResponderEliminarMuitas vezes, só depois de olharmos bem é que conseguimos ver se algo mudou.
É preciso que nos afastemos o suficiente, até se alcançar a distância ideal que nos permita ver.
Oa aromas de infância, esses, permanecem.
Um abraço.
Concordo. No que respeita às artes visuais e na contemplação de obras de grande dimensão, o afastamento é a forma de apreender a imagem na totalidade embora o pormenor possa ser plasticamente interessante.
EliminarQuanto aos acontecimentos, também aí o afastamento no tempo permite uma melhor análise do sucedido.
Muito Obrigado
Um abraço.
Nunca deixe de olhar para trás, POETA, mesmo que tudo agora seja diferente.
ResponderEliminarA POESIA prevalece no ONTEM, no HOJE, no FUTURO.
A fotografia lembra-me uma outra fotografia, onde tenho os dois pés numa rua de Viena.
Seguirei o seu conselho, o que me motiva e justifica a minha presença aqui é poder apresentar os meus escritos.
EliminarSe os nossos pés falassem!
A foto, um passo para o futuro .
ResponderEliminarSó os odores do passado, não se alteram com o tempo.
Um abraço !
É verdade, registamos os odores, são referências na nossa memória.
EliminarObrigado. Um abraço.
RÉPLICA
ResponderEliminarFolheio frequentemente o meu diário virtual
faço-o sempre que lhe dou acrescento
e peito ao alto
retomo a vida em passo lesto
olhando para trás
de vez em quando
para confirmar que algo
ficou diferente.
Um poema réplica, um jogo de palavras que enriquece o tema.
EliminarHá sempre coisas que ficam, e não nos apercebemos.
ResponderEliminarÉ preciso olhar os detalhes.
beijinho
:)
Sim, sem dúvida, conservamos algumas.
EliminarUm abraço.