Foto de Daniel Filipe Rodrigues



Vim do outro lado do mundo


Deixei de navegar

agora fico em terra

esperando

mas contemplando o mar

à sombra

do meu barco morto.




19 comentários:

  1. E ainda dizem que não há coincidências...Também publiquei um barco, ou melhor, uma caravela.
    Mas a "minha" está no Tejo. A sua, no estaleiro.

    Quase poderia usar - e vou fazê-lo - algumas palavras que escrevi e agendei para hoje, como respostas às do seu desencantado poema:

    "De ventos e marés é feita a vida.
    Sê forte e não desistas da corrida"


    Acrescentarei ainda as de Jorge Palma:

    «Enquanto houver ventos e mar
    Enquanto houver estrada pra andar
    A gente vai continuar»



    Não se esqueça que... Navegar é preciso. Parar é morrer.

    Boa noite.
    Um abraço.

    PS- Se amanhã me lembrar de mais alguma coisa, voltarei.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. A esperança é um sentimento que nos assoma quando achamos que talvez ainda nos restem algumas forças.
      Com esperança que o mar traga algo mas à sombra do meu barco morto.
      Agradeço a visita a uma hora tão tardia.
      Um abraço.

      Eliminar
    2. Bom dia, Senhor das Nuvens.

      Não se zangue, mas agora ao ler a sua resposta não pude evitar uma gargalhada que me soube tão bem...
      Então não acha que essa sua esperança de ficar à espera que o mar lhe traga algo de bom, à sombra do seu barco morto, ao invés de se fazer ao mar, é como aquela antiga ideia que tanto se reprovava de esperar à sombra da bananeira?
      :-))

      Um abraço, cheio de ALEGRIA por estarmos VIVOS!

      Eliminar
    3. Talvez seja por impossibilidade de navegar, acabou-se o dinheiro para o gasóleo. Estamos vivos.
      Um abraço

      Eliminar
  2. Navegar é preciso.
    Uma frase feita mas que se calhar nunca fez tanto sentido

    ResponderEliminar
  3. Quando leio o nome de Daniel Filipe Rodrigues vejo imediatamente a bela Dinamarca.
    A propósito Dinamarca, após a retirada de PORTUGAL, Alemanha e Austria, favorizo a equipa dinamarquesa.

    Embora eu navegue alegremente num barco potente, gosto que a POESIA me fale das mágoas existênciais.

    TERESA PALMIRA HOFFBAUER

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. A minha simpatia também vai para a Dinamarca por razões apenas de afinidade.
      Não tenho experiência de viajar de barco, apenas em Cacilheiro e há muitos, muitos anos.

      Eliminar
    2. Viajar ou não viajar não é a questão.
      Contemplar o mar à sombra de um barco "morto" é angustia e sobretudo nausea da existência humana, onde não há lugar para qualquer espécie de esperanza ‼

      Eliminar
  4. Navegamos num mar de ilusões.
    Beijo, Luis.

    ResponderEliminar
  5. Não acho esse barco morto, só está à espera de uma nova oportunidade!

    Um abraço e feliz semana !

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Logo que haja combustível, talvez.
      Um abraço, boa semana também.

      Eliminar
  6. Ha llegado el momento de echar el ancla y regresar a tierra firme, pero isn perder desde ella la vista del mar.

    Besos

    ResponderEliminar
  7. Como se o barco fosse a "Arca de Noé" à espera de um dilúvio e dos animais que a hão-de encher !

    ResponderEliminar
  8. Nem imaginas o que eu já naveguei
    só de olhar a imagem desse barco

    ResponderEliminar