O mistério das palavras


Que mistério este 

com que se desatam as palavras 

em sequências imprevisíveis 

sem hora e sem lugar certo.

Com que direito eu me aproprio delas 

como se fossem inventadas por mim

já que a minha memória 

sempre foi como chuva a cair 

numa panela rota? 


À falta de resposta

tomo nos braços a minha vida

e por momentos volto a ser criança 

entre o início e o fim de tudo.



 

16 comentários:

  1. Tomar nas maos a própria vida leva nos a destinos desconhecidos

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  2. E a responder-te
    Mas contenho-me pois só farás a coisa certa
    à falta de resposta.
    Nada como voltarmos a ser criança
    pouco importando o quando

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  3. Todos llevamos a un niño detro de nosotros, que sale y se manifiesta en determinadas situaciones.

    Besos

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    1. Nunca abandonamos al niño que permanece en nosotros. Un abrazo.

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  4. Engraçado que eu já pemsei o mesmo a respeito de certas palavras e conceitos inventados por aqui e não só.
    Pensei, pensei, e cheguei à conclusão...porque não?
    Inventar palavras, dentro do significado que o inventor lhes dá, faz parte da verdadeira criatividade do poeta.
    Invente tudo o que quiser e não se sinta mal com isso.
    Em panelas rotas nunca eu tinha ouvido falar e gostei.
    É um conceito tão válido quanto o cesto que vai à vindima...

    A aguarela, tem tantas nuvens-árvore choronas, quantos meses tem o ano.
    O Sol radioso, nasceu para lhes dar a cor que a noite lhes roubou.
    Sobre o resto não me manifesto.
    Sou mais mulher de palavras do que de números...

    Um abraço e... um Feliz mês de Agosto.

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    1. As palavras, necessárias, indispensáveis à comunicação e à expressão dos sentimentos. Não inventaremos palavras mas criamos diferentes associações entre elas.
      Achei curiosa a interpretação da imagem e, embora não tenha pensado nisso, a sua descrição do que vê, faz muito sentido.
      Também lhe desejo um bom mês de Agosto e de todos os outros meses a seguir.
      Um abraço.

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  5. “tomo nos braços a minha vida e por momentos volto” a ser feliz

    Perdoe-me o “roubo”

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    1. Esteja à vontade, estou aqui para dar, é uma honra que me tomem as palavras.

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    2. Só regressar a casa após exatamente seis semanas é esse detalhe do poema que expressa o que sinto neste domingo. Tomo nos braços a minha vida e como uma barata tonta sinto-me muitíssimo feliz.
      A primeira coisa que eu fiz ao chegar a casa, foi olhar para a aguarela que se encontra no meu quarto.
      Grata por todas as suas gentilezas 💙

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    3. Oiça lá ó Frau Hoffbauer...e o que é que toda essa conversa tem a ver com a presente publicação neste blog?
      Às vezes penso que deve abusar da champanhe... cai, bate com a cabeça e fica a passar mal.
      Belo estratagema para se furtar a comentar o post...Vá dormir vá, que o seu mal é sono.

      Janita, mas para si sou a Maria Antonieta.

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    4. Resposta a Ematejoca:
      É um contentamento contribuir para um momento de beleza no seu dia e é um elogio esse momento de reencontro, após seis semanas, com algo que criei.

      Resposta a Maria Antonieta:
      A sua mensagem à Teresa parece um momento de mau génio mas, acredito, que é uma brincadeira tanto mais que o texto da Teresa constitui um comentário à minha publicação e não acredito que haja motivo para este lugar não ser pacífico.
      Quero acreditar que é uma brincadeira.

      Um abraço para ambas.

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    5. Tem razão! Não deveria ter manifestado uma opinião, (aliás, generalizada, só que dita assim sem polimento, ninguém diz) num espaço que não me pertence, muito menos publicamente. Mas não foi brincadeira nem fruto do meu mau génio, é mesmo isso que penso.
      De si não esperava outra atitude, não lhe ficaria nem bem aceitar que alguém se viesse intrometer num assunto que não lhe diz respeito.
      A Frau Hoffbauer aconselho a que procure apoio profissional que a ajude a superar a fase difícil que atravessa.

      Obrigada pelo abraço.
      Outro para si



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