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Fico à deriva
Aceito e compreendo que é tempo de ires
fico com a memória das tuas mãos frias,
abraço o teu silêncio e penso
só se atravessa a tristeza
com uma ponte ou um barco.
Desamarro-me deste cais e deixo-me
ir à deriva l e n t a m e n t e
até ao lugar onde o rio secou.
“Mãos frias, coração quente”
ResponderEliminarUma deriva suave, discreta, poética — num barco tão belo, onde não há lugar para tristezas.
Poema e fotografia que encantam gregos e troianos 🤍
Um bonito comentário com uma pitada de humor.
EliminarO verbo ir pode ser tão doloroso
ResponderEliminarSe for contra a nossa vontade, sim.
EliminarIr à deriva. Ao sabor do vento. Desamarrada do cais. O que fica na memória é para sempre. Lindíssimo poema!
ResponderEliminarUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Entregamo-nos à nossa sorte.
EliminarSaúde, um abraço.
Não fosse esta nossa imperiosa necessidade de construirmos barcos e pontes e a deriva eternizar-se-ia, L.
ResponderEliminarHá muita beleza nessa sua pontual deriva. Muita.
Forte abraço!
Previsão insensata (ou talvez não) do futuro.
EliminarObrigado pelas suas palavras.
Um abraço.
Olá, Luís!
ResponderEliminarA fotografia é lindíssima, encheu-me os olhos de azul.
Bem enquadrada, parece convidar-nos a entrar no barquinho, mas nada de ir à deriva. Convém levar os remos.
As palavras poéticas...são mais um dos muitos pensamentos do Autor, que abraça o silêncio tão comum a todos nós.
Por vezes, não há pontes nem barcos que possam levar a tristeza para a outra margem, deste rio em que navegamos.
Mas isso já é pensamento meu, que não vem ao caso...
Um abraço.
O seu pensamento é comum, há sempre um fim adiado daquilo que nos consome.
EliminarHoje gostou da publicação, o autor ficou satisfeito, agradeço.
Um abraço.
Bom dia Luís. Meu desejo é que nesse mês o nosso barco continue em águas calmas e tranquilas cada vez mais perto do fim da pandemia de Covid-19.
ResponderEliminarOlá Luiz
EliminarQueremos calma mas, nada está calmo, nem aqui nem muito menos aí, as notícias que temos da sua maravilhosa terra são preocupantes.
Temos de esperar que tudo acalme para atracar o nosso barco.
Um abraço.
Certeiro esse retrato
ResponderEliminarEu sou esse barco
amarrado
amarrado
amarrado
para que não me perca
à deriva
na tristeza desta vida
Quer dizer, ficaste para sempre no abraço.
EliminarÉ preciso oferecer espaço interno para as memórias, não precisa ir à deriva para as atravessar.
ResponderEliminarUma semana feliz
Pelo que me dizem talvez não seja inevitável partir à deriva, agradeço.
EliminarBoa semana.
Um abraço.
Has saltado las ammarras, que te atan al puerto. ahora estás a merced de las olas y del viento, pero en tus manos está el timón.
ResponderEliminarBesos
Tu comentario es un poema que me gustó mucho, puso mi destino en mis manos. Gracias, un abrazo.
Eliminar"só se atravessa a tristeza
ResponderEliminarcom uma ponte ou um barco"
Se o poeta o diz, eu acredito. Mas, como eu jamais entraria nesse barquinho...
Gostei da foto e do poema, Luis.
Beijo.
Nem eu entraria, não sei nadar.
EliminarUm abraço.