Uma ave em fuga

Este corpo que trago sobre mim
é uma ave que trago sobre o ombro
é a alma
a consciência 
a minha vida ___ afinal. 
Voos nocturnos são a sua vocação 
e na cidade sombria
soa o bater de asas
à fuga das entranhas frias
da minha mãe.



10 comentários:

  1. Pressinto o desenlace, Luís.
    Fico consigo em silêncio.
    Um grande abraço.



    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Ainda não, o texto é apenas uma tentativa poética.
      Um abraço.

      Eliminar
  2. As entranhas da mãe
    Recurso linguistico brutal

    ResponderEliminar
  3. Uma tentativa poética muitíssimo bem conseguida.
    Apaixonei-me pela ave branca tão pura e harmoniosa.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Registo a sua apreciação, é um estímulo. Obrigado.

      Eliminar
    2. Agora mesmo,
      pousou uma ave no meu beiral
      Li-lhe teu poema
      Mostrei-lhe teu quadro
      Chorou
      e de pronto, levantou voo

      À partida
      disse-me ir retomar o rumo
      de onde fugira

      Acreditas?

      Eliminar
  4. Uma tentativa poética - segundo diz - que resultou em pleno, aliada à beleza da imagem, L.

    Forte abraço!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Muito obrigado, prezo muito o seu comentário.
      Saúde, um abraço.

      Eliminar