Falta música
Já não há músicos nas ruas
só trovões
Já ninguém inventa poemas
só gritos
monta-se um inferno
como se fosse um cenário
num palco de enormes subversões
fogem como nos sonhos
na angústia de ficar no mesmo sítio
nos olhos a profundidade
de poços escuros
e choram em silêncio
com os braços cheios de crianças
Já não há músicos nas ruas
já ninguém inventa poemas
só trovões
só gritos.
Olhei para o telhado amarelo da casa e o sol regressou às ruas sem música.
ResponderEliminarO sol tanto está presente na paz como na guerra.
EliminarChiu
ResponderEliminarescuta
sente
após este silêncio
não tarda
a ausência
do grito
não tarda
o hino
nem importa
se Beethoven
se Lopes Graça
Estamos todos à escuta.
EliminarFalta tanto de complemento ao mundo
ResponderEliminarFalta muita coisa a muitos e há em excesso para uma minoria.
EliminarComo meros peões deste xadrez assistimos impotentes ao " monta-se um inferno, como se fosse um cenário ,num palco de enormes subversões" e "choro em silêncio com os braços cheios de crianças".
ResponderEliminarO "homem com cara de cera" fez o mesmo noutros locais como a Síria na defesa de outro "pulha" onde um povo foi varrido e corrido!
Oxalá que isto termine rápido e que o tipo seja corrido pelo seu povo, sim a guerra é com ele e brinca com os seus brinquedos bélicos e que expluda para que a música e os poemas voltem numa palavra PAZ!
Abraços e um bom dia
Nestas guerras ninguém é inocente mas quem paga e quem morre são os povos, estas tragédias são desencadeadas por razões que nada têm a ver com os interesses dos povos. Nem sempre os actores principais são os que estão a matar-se no terreno.
EliminarObrigado. Bom dia, um abraço.
Li várias vezes o Poema, a última em voz alta, em tom declamado.
ResponderEliminarParecendo um paradoxo o que lhe vou dizer, este sim, é o Poema que me soou a um verdadeiro Poema.
Pela sua construção, cadência e conteúdo.
O tal que desde há dezasseis dias, esperava ler aqui. De tal forma me tocou e as suas palavras me fizeram bem que, mesmo neste cenário de desolação e dor, que tão bem e tão sentidamente retratou, não havendo música...o Poema foi música para o meu coração.
Espero que entenda o que quis dizer, Luís.
Um abraço.
Compreendi a ideia que aqui deixou, sei que hoje fui mais concreto mas já antes tinha dado nota do mesmo tema. Foi bom ter-lhe agradado, acho que voltarei ao tema.
EliminarObrigado, um abraço.
Soberbo poema, na descrição do indescritível, L.
ResponderEliminarUm forte abraço!
Impossível que o assunto não invada as nossas ideias.
EliminarObrigado.
Um abraço.
Um poema emocionante. Todas as guerras são más e injustas. Todas as guerras são feitas por um punhado de homens com interesses vários. Uns pela ânsia do poder, outros por ódio, alguns para dar vazão a um sentimento de superioridade em relação aos seus vizinhos, outros pelo sonho de reconstruir grandes impérios, e muitos, muitos, porque não têm escrúpulos e as suas fortunas são feitas à custa da construção de armas cada vez mais poderosas. Eles as fazem, e tanto lhes dá a quem as vendem, porque eles vivem disso. E quando as guerras surgem, não é nenhum desses grupos homens, que sofre, mas o povo, que vê morrer seus filhos em guerras que não queriam nem entendem, morrendo eles também das bombas, da fome, sede e medo.
ResponderEliminarLutemos nós pela Paz, seja com a força das palavras num poema, ou numa prece.
Abraço e saúde
No seu comentário caracteriza muito bem as razões das guerras. O povo morre e fica sem os seus já parcos bens.
EliminarA Paz é o único caminho que deveremos defender, não a favor de quem mas contra todos os que fazem ou provocam as guerras.
Saúde, um abraço.
Poema triste mas tão cheio de realidade!
ResponderEliminarBom fim de semana. Beijinhos
Muito obrigado.
EliminarUm abraço.
neste caos em que o mundo está transformado
ResponderEliminara música nunca deve deixar de existir...
:(
Sim, ajuda-nos.
EliminarUm abraço.
Poema-retrato silencioso duma cruel realidade.
ResponderEliminarMagnífico, Luis!
Beijo.