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Os dias que se extinguemEra Setembroos dias que ficavam acesos extinguiam-seo tempo não existia aindatínhamos pouco mais que 20 anoslongos cabelos e peles lisas e rosadasos dias que ficavam acesos extinguiam-semas isso pouco importavao tempo não existia aindaamava-se entre duas ondas numa ida à praiaamava-se como no filme no escuro do cinemaamava-se como se os dias só pudessemser ocupados assim na troca das mãos.Era Setembroos dias que ficavam acesos extinguiam-semas isso pouco importavao tempo não existia aindaaté ao dia em que o verão chegaria ao fimisso sim era preocupantea vida teria um intervalo um enorme intervalodepois do último verãoem que as mãos que ficassem acesasse extinguiriam e isso era o que importavao tempo já existia então.É Setembro aquios dias que ficaram acesos extinguiram-seas mãos que ficaram acesas extinguiram-seo amor tal como o conhecemosperdeu-se num grande intervalo.É Setembro aquios dias estão agora sempre acesosas mãos são agora sempre as mesmasmuito velhas com falta de memóriapreocupadas em não deixar extinguir os diasainda acesos como se estessó pudessem ser ocupadosnessa troca de dias por outros dias.É Setembro aquie nada me leva a pensarque o intervalo depois do amor vai acabare que os dias que ficaram acesosnão se extinguirãomas isso pouco importaráporque o tempo vai deixar de existiroutra vez.
A juventude e as suas histórias
ResponderEliminarJuventude que já não torna a acontecer.
EliminarRevi-me nas tuas palavras! Mas atenção ao que vou dizer:
ResponderEliminarOs amores e juventude pela qual já passámos mas na minha terra eram mais prolongados porque são 9 meses de Verão e 3 de cacimbo. Foram bons muito bons e há que recordar com saudade positiva porque não adianta nada ser negativo. Olho para a foto e fiquei encantada e revi-me sentada ao contrário para mirar a natureza e com três amigos que eram a minha sombra sentados nas costas do banco. 4 cromos que plantávamos a "manta" e sempre atentos aos malditos "bufos e pidescos". Acreditávamos que a guerra então só nas matas iria acabar por vermos tantos jovens soldados vindos da "metrópole" pura "carne para canhão". Cumprimentavam-nos e eu sempre alegre dizia-lhes se quiserem podem assentar-se e os 4 cromos animavam quem parecia mais abatido. Momentos iguais e de recordar no cinema, e na praia o meu grupo parecia que tinha mel porque outros tantos e tantos se juntavam aos mergulhos, à música e dança "brinca na areia" e a partilha da merenda!
Hoje sei que sou velha mas continuo a mesma irreverente/solidária, quebra regras e positiva, despacho o teu Setembro tão triste e ponho-te a medalha de Junho porque o calor aquece os neurónios de quem é tão nostálgico.
O que escrevi longe de ser uma "lição de moral" e ou querer desacreditar no que sentes porque respeito e muito o sentir dos outros.
Força e volto a dizer que maravilha de foto com imensa luz, beleza e saio daqui melhor do que quando entrei. Obrigado!
Beijos e um bom dia
Interessante como o texto de hoje originou esse desfiar de recordações.
EliminarÉ um prazer para o autor essa última frase do comentário.
Obrigado, um abraço.
Fosse eu poeta
ResponderEliminare escreveria um poema assim
tendo
por referência
o meu Setembro
Tu és poeta e com obra publicada. Venha de lá esse Setembro.
EliminarQue extraordinário poema, L.!
ResponderEliminarO meu amor de Setembro começou quando eu tinha 14 anos e embora a convivência física se tenha tornado impossível 25 anos depois, creio que só terminará quando o tempo voltar a deixar de existir para mim.
Um forte abraço!
Os Setembros, uns claros outros mais sombrios.
EliminarObrigado, um abraço.
La fogocidad de la juventud, ya no puede volver. pero nunca se puede acabar la capacidad de amar.
ResponderEliminarBesos
Siempre habrá un septiembre esperándonos. Un abrazo.
EliminarEm vez de visitar Portugal
ResponderEliminarFui parar ao hospital
com uma pleurisia
Desta vez, explico a minha ausência para não haver mal-entendidos!!
Notei a ausência. Quero desejar-lhe as melhoras, agora é repouso e medicamentos.
EliminarLuis, que beleza de imagem e poema.
ResponderEliminarDei por mim a recordar Setembros vividos num tempo com muito tempo dentro.
Beijo.
Algum Setembro nos deixou memórias, quem me leu acabou por se recordar.
EliminarUm abraço.
No final de cada Verão, todos os lugares nos parecem vazios de alegria e cor.
ResponderEliminarEssa é uma sensação generalizada, sobretudo entre a faixa etária mais jovem. Se não agora, no tempo da nossa juventudo.
"Quand vient la fin de l'été" e com a canção tudo se extinguia.
Bons tempos, em que os nossos corações eram corações de verdade!
Um abraço
Recordações comuns a todos.
EliminarOs nossos corações ainda são de verdade.
Obrigado, um abraço.
Poema tão belo como o mês de Setembro __
ResponderEliminarLembrei um fim de tarde de Setembro em Londres.
Este texto tocou a sensibilidade dos leitores. Missão cumprida.
EliminarPOEMA expressivo que muitíssimo me agradou.
EliminarEnquanto que o acontecimento em Londres foi amoroso e borbulhante como o champanhe 🥂
Amei este poema, sem dúvida um poema magnifico!
ResponderEliminarTenha uma ótima noite. Beijinhos
Agradeço muito a sua já habitual visita e as suas palavras.
EliminarBoa Noite também para si. Um abraço.
Setembro é o meu mês, pois foi o mês que nasci.
ResponderEliminarEste poema fala das memórias do Poeta ou não, mas Setembro lembra sempre o fim das férias e o fim de muita coisa.
Excelente poema, gostei imenso.
Continuação de boa semana, caro Poeta/Pintor.
Um Beijo.
:)
Setembro diz muito a muitos de nós.
EliminarObrigado, um abraço.