Estou vigilante
Padeço
de uma tristeza intermitente
de uma dúvida dia sim dia não
de um medo inconsciente
do conformismo de um velho órfão
da contrariedade de um exilado voluntário
da nostalgia de ter perdido dois belos seios
de uma obscuridade tardia.
A minha cabeça é o lugar certo
para germinarem muitas incertezas ___
___ estou de vigia à minha memória.
Eu acho que acontece precisamente o oposto. A nossa memória é que nos vigia. Ferozmente
ResponderEliminarComigo também já foi assim, mas rebelei-me.
EliminarA minha cabeça é o lugar certo
ResponderEliminarpara germinarem algumas certezas ___
___ a minha memória vigia-me cada gesto
Felizes os que têm certezas neste tempo de ideias e factos tão confusos.
EliminarAlgumas... eu escrevi, algumas... as que bastam para intervir onde venho intervindo.
Eliminar(caso não, ficava quieto)
Felizes dos que duvidam: a dúvida é a pedra de toque de todo o humano conhecimento! Sem dúvida, não existiria Ciência e a Arte, essa continuaria amputada, humilhada, ajoelhada diante de todos os deuses e seus humanos representantes.
ResponderEliminarAté me parece mentira estar a conseguir escrever... no Conversa Avinagrada, não via uma única letra do que estava a tentar teclar. Tive de desistir.
Forte abraço, L.!
A dúvida faz-nos progredir.
EliminarSaúde, um abraço.
Não gostei da foto e o poema é retrato fiel de quem se esconde/foge/ignora/alimenta atrás da memória negativa sem olhar/sentir/ mudar/ os registos bons da memória positiva que todos temos nem que sejam simples flashes.
ResponderEliminarBeijos e uma boa tarde
Hoje nota negativa, num comentário sem o habitual humor a que acho tanta graça.
EliminarMerece um abraço na mesma.
Não! Não padeces, meu amor...
ResponderEliminarPelo teu ponto de vista
Padeces? Vê se avista,
Tua alma, algo sedutor
Na tua frente – o que for!
Será uma imagem viva
Do que não está cativa
Na tua vida, é a paixão
Por ela mesma – a vida
Que deverá ser vivida
Em qualquer ocasião!
Abraço fraterno. Beijo. Laerte.
Simpático comentário em forma de poema. Agradeço o empenho inspirado.
EliminarUm abraço.
A foto parece o meu olho esquerdo desde que há três anos me fizera a primeira cirurgia.
ResponderEliminarO poema? Pois vigiemos a nossa memória, porque ela é o nosso maior tesouro.
Abraço, saúde e bom fim de semana
Um olho imaginário vigiando a memória.
EliminarSaúde, um abraço.
Eu esqueço-me de vigiar a minha memória. Que me esquece.
ResponderEliminarPor muito que a vigiemos ela lá está e aparece.
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