Foto de Daniel Filipe Rodrigues




 
É por isto que o amor acaba

O amor teme o tempo
o amor teme a continuidade
o amor teme a sua construção ___
___ sólida 
o amor teme a banalidade

 

O amor vive da incerteza
o amor vive do clarão do primeiro encontro
que perde intensidade a escorrer dos olhos
sem nos darmos conta

 

Se os amantes soubessem
que palavras postas sobre a mesa
poderiam tornar-se um festejo ___
___ com elas poderiam escrever 
um romance a duas bocas.




 

30 comentários:

  1. Que coincidência!!
    O filme policial alemão que acabei de ver, é um elefante que mata o mau da fita.
    Claro que o elefante 🐘 é espicaçado pelo assassino.
    Uma fotografia diferente.

    Poema que filosofia sobre o amor que acaba.
    Há amores eternos — romance escrito por dois corações apaixonados — até ao último suspiro.

    Teresa Palmira Hoffbauer 🐘

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    1. Há elefantes e elefantes, este é pacífico.

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    2. Luís, o elefante do filme também era pacífico.
      O assassino é que provocou que ele ficasse furioso 🐘 Teresa 🐘

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    3. Mas este não se deixa manipular. Vive num zoo é funcionário público.

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    4. O elefante do filme também vivia num zoo.
      O filme tem o título „Morte no Zoo“
      Luís, antes que perca a paciência comigo, digo simplesmente que amor não é banal … pode ser mortal.

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    5. Pois não, a banalidade é que mata o amor.

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  2. Que disparate!
    A paixão acaba.
    O Amor perdura, perdura, perdura...
    Saberá o Poeta o que é o Amor?
    Ou apenas paixões fugazes, uma, mais outra e outra... na fugacidade do Tempo?

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    1. Inspirado no que dizia "o outro", sobre o amor só sei que nada sei.

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  3. Pois...
    Não deve saber.
    O Amor não teme Nada...
    Nada!

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  4. Sim!
    É uma dádiva que se acolhe para Sempre no Coração.
    Sem prazo de validade...
    Vá dormir Poeta e Sonhe, Sonhe muito...
    Talvez um dia tenha a Benção de o Amor se cruzar no seu Caminho...
    Abraço-o de olhos fechados.

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  5. Desta vez tenho de discordar
    O amor é tão híbrido e assexuado que nada teme

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    1. O amor não é assexuado, aliás, acho até que o sexo é a grande motivação.

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  6. Com o pouco conhecimento que disponho acerca desta matéria, mas reservando-me o direito de opinar, digo que o 'amor' destes versos peca por demasiado temente e descrente, também. Por isso é que ele acaba. Se o amor é banal, a culpa é dos amantes que o não sabem tornar especial e original, renovando-o com imaginação e criatividade. Mas que sei eu, não é verdade?

    O elefante causou-me uma pena imensa. Parece tão triste e acabado...tal como o amor nos versos de hoje, vá!
    Bom dia.
    Um abraço.

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    1. Concordo totalmente com o seu comentário, o amor perde-se por incúria dos praticantes.
      Este elefante é um velhote pleno de experiência mas triste porque vive longe do seu habitat.
      Bom dia, um abraço.

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  7. Belos, muito belos, fotografia e poema.

    No entanto, se os amantes pudessem ser pré-instruídos por um qualquer "vademecum" dos relacionamentos bem sucedidos, talvez Amor morresse à nascença, já que como muito bem escreve "o amor vive da incerteza"....

    Forte abraço, L.!

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    1. Por muita instrução que se adquira na "matéria" estaremos sempre a fazer o mesmo caminho como se fosse a primeira vez.
      Um abraço.

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  8. Comentário de Elvira Carvalho recebido por mail:

    Gostei do poema e da foto. O amor é muito complexo e não trás livro de instruções. Penso que há uma diferença entre o amor acabar, ou o amor morrer. Não acredito que o amor acabe, o que acontece é que na sociedade atual, confunde-se muito amor, com paixão, desejo sexual. E esse sim geralmente cedo ou tarde acaba. Mas acredito que um amor morra. Porque não há amor que resista à violência física ou psicológica. A violência é a grande assassina do amor.
    Abraço, saúde e bom domingo

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    1. Estou de acordo com tudo o que disse, apenas tenho uma pequena discordância, considero que o amor morrer ou acabar é a mesma coisa à partida, só se tornará uma designação diferente se o amor ressuscitar.
      Bom domingo, um abraço.

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  9. No amor há, por vezes, grande insegurança
    e isso faz com que haja todos os medos e
    mais alguns. A banalidade é atroz.
    Desclassifica tudo o que é importante.
    Gostei muito do poema em especial da
    última estrofe.
    Abraço
    Olinda

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    1. O amor, no início, é um momento de grande afectação do nosso estado natural.
      Um abraço.

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  10. Um poema extremamente triste porque a meu ver o amor nunca acaba porque se renova todos os dias...numa conjugação de liberdade a dois e com muito diálogo. Não é por acaso que puseste esta foto... o elefante está triste e daí detestar ir ao ZOO porque lhe roubaram a liberdade, a sua manada e sobretudo a matriarca do grupo e filhotes.
    Um poema que me levou a muitos pensamentos porque haveria muito mais a dizer-te, mas desliguei a ficha e sorrio:))
    Beijos e um bom dia

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    1. As considerações feitas no comentário sobre "o amor a dois que não acaba", já lá têm as suas premissas.
      Obrigado pelo sorriso.
      Um abraço.

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  11. Que lindo texto.
    Nos dias que vivo, desejo que o amor não acabe.
    É um desafio. É necessário cuidado e paciência, além da poesia, é claro.
    Eu tento usar da poesia, da sensibilidade, de surpresas para cultivar os meus amores.

    Abraço.
    Ana Virgínia
    filhadejose.blogspot.com

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    1. No seu comentário percebe-se que cuida de um bem que não é fácil conservar.
      Saúdo este seu primeiro comentário, bem vinda.
      Um abraço.

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  12. Comentário de Piedade Araújo Sol recebido por mail :

    é muito contraditório, mas há amores que não acabam.
    por vezes acaba o amor, mas fica a amizade e muita coisa mais.
    acho eu... mas gostei do poema.

    :)

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