Foto de Daniel Filipe Rodrigues
em Frederiksborg Slot





O repouso


Ao velho guerreiro 

lançam pedras à sua janela 

pintam a porta da sua casa 

lançam fogo ao seu jardim 

O velho guerreiro foi vencido 

a idade é uma mão a fechar-se.





16 comentários:

  1. Realmente, já ninguém respeita os "velhos", sequer os velhos guerreiros.
    Ninguém reconhece a sua sabedoria, os conhecimentos que a idade lhes trouxe.
    Vivemos numa cultura de desrespeito e do salve-se quem puder. O fim do mundo, enfim...

    Com o jovem da imagem, futuro Rei da Dinamarca, Frederico III, provavelmente foi diferente. Se bem que aos sessenta anos, - idade com que faleceu - não poderia considerar-se velho, ou melhor, naquele tempo sim, já seria uma provecta idade.

    E pronto, é tudo o que se me oferece dizer sobre a publicação de hoje.
    Fiquei a saber muito acerca deste monarca, inclusivé, até o nome do pintor que o retratou aí, de chapéu na mão e munições a tiracolo, mas isso são 'riquezas' minhas, conhecimentos que vou acumulando para, quando eu fechar os olhos para sempre, haja alguém que diga, com respeito: "Finou-se uma sábia Mulher"...

    Um abraço.

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    1. Hoje, de novo estou de acordo consigo.
      Não conhecia o rapazinho da imagem, armado até aos dentes, fiquei a saber quem é.
      Os conhecimentos que acumulamos arderão connosco.
      Um abraço.

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  2. Espero que esteja tudo bem consigo, L.

    Estranhei a sua ausência no Conversa Avinagrada e duplamente a estranho aqui e agora.

    Forte abraço!

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    1. Tem razão, tenho andado ocupado com outros afazeres, domésticos e não só. Mas estou atento, acontece é que, quando são textos muito longos, vou adiando até virem outros.
      Um abraço de reconhecimento pela atenção que concede.

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    2. Ah, já está por cá. Faz muito bem. Eu desde anteontem que estou "de castigo": a Musa zangou-se por me ver a tentar escrever sonetos ao Kg - para um concurso - e eclipsou-se-me. Já andava meio zangada por causa dos medicamentos contra as dores e, quando lhe exigi trabalho em excesso, fez greve.
      Conhecendo-a/me como a/me conheço, sei que de nada me vale insistir ou suplicar: a descarada só voltará quando eu menos a esperar.

      Gosto muito deste seu poema. Curiosamente, fiquei solidária com os "velhos guerreiros" até me aperceber de que também eu já era uma "velha guerreira" e sorrir, porque não me é possível ficar solidária comigo mesma. Isso seria auto-piedade.

      Forte abraço!

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    3. Quem chegou até aqui, caminhando por altos e baixos, bem pode achar-se que saiu de uma guerra (sem menosprezo pelos que sofreram muito). Agora temos de estar atentos, não vão partir-nos os vidros das janelas.
      A Musa voltará, ela volta sempre, não pode viver sem aquela que lhe dá vida.
      Um abraço.

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  3. Teresa Palmira Hoffbauer

    Um miúdo com pose de guerreiro para a posteridade.
    O velho guerreiro vencido sem tempo futuro.

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  4. Salve Salve os guerreiros ! eles não se dão por vencidos,
    apenas repousam .
    Grande abraço, L

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    1. Os velhos guerreiros transportam consigo a história.
      Um abraço.

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  5. Tal como a amiga Janita, também fui pesquisar a foto do pequeno Duque Frederico, que anos mais tarde com a morte do seu irmão, o verdadeiro herdeiro, viria ser o rei da Dinamarca Frederico III. Ele foi realmente um grande guerreiro.
    Gostei do poema. Penso que velhos guerreiros somos todos nós, sobreviventes de tantas tragédias, pessoais e não só, ao longo dos anos. E ninguém respeita o velho guerreiro, porque os jovens se esquecem de uma verdade insofismável. Se a sua vida não acabar rápido, quando se derem conta serão eles a estar no nosso lugar.
    Abraço e saúde

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    1. Não acrescento mais nada ao seu esclarecido comentário.
      Hoje, os comentários dos meus leitores valorizaram muito a publicação.
      Um abraço.

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  6. Boa tarde caro Poeta/Pintor
    Os guerreiros (os verdadeiros) não morrem apenas, dormem o sono eterno.
    Muitos ainda a história fala e falará deles.
    Desejo que tenha um óptimo domingo.
    :)

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