Foto de Daniel Filipe Rodrigues
Da série Poemas com dedicatória
Poema de amor à moda antiga
porque isso nunca muda
Tomo o teu sabor com os meus olhos
apenas com os olhos
como se tocar-te
quebrasse o encanto do encontro
Nos lugares escondidos do teu corpo
há um delírio que quero prolongar ___
___ desnudar-te é um clarão dos sentidos
Tocar-te-ei é certo
quando o olhar no limite do êxtase
já não for o som suficiente
para alimentar a canção da lucidez
Então colherei tudo
o que a tua pele me oferece
com todos os lugares móveis do meu corpo
até a tua respiração anelante culminar
no desabafo dos teus sentidos
e tu dirás o meu nome
e repetirás o meu nome até eu ficar imóvel
mas ainda mais vivo
do que antes do sol se pôr.
A fotografia lembra-me o poente africano.
ResponderEliminarPoemas de amor são sempre bem recebidos logo que não sejam lamechas.
Os êxtases || os delírios de noites loucas ficam para sempre na nossa memória.
Ofegante, sensual a noite cresce e desliza lânguida …
Noites, ou dias que nos tornam joviais.
EliminarBelo, o poema
ResponderEliminaramor à moda antiga
Se nunca muda?
Lembro
canção da lucidez
cada vez mais desafina
e
a separação passou a ser rotina
Os sentimentos não mudam.
EliminarTodo os sentidos vão se modificando ao longo do tempo, mas o amor será sempre e para sempre um crescendo! Gostei e a foto levou-me à minha terra.
ResponderEliminarBeijos e um bom domingo
Há coisas que o tempo não consegue alterar.
EliminarUm abraço.
Belíssimo poema, L.
ResponderEliminarSim, fala-nos este poema de um relacionamento amoroso à moda antiga, de um tempo em que os casamentos eram para a vida inteira, embora 80% deles estivesse tão destinado ao fracasso como o estão os dos dias de hoje. Nesse tempo, porém, ai da mulher que se atrevesse a falar em divórcio porque todos nós sabemos - embora calando, que o politicamente correcto continua a pesar - que os próprios pais seriam os primeiros a condená-la, ainda que física e psicologicamente maltratada, como muitas que conheci e que arrastaram a sua profunda infelicidade até à morte.
Este é, porém, um belo poema que nos remete para um desses raríssimos amores que a tudo resistem.
Forte abraço, L.!
Subscrevo tudo o que disse. Os tempos agora são diferentes mas os sentimentos ainda são os mesmos.
EliminarUm abraço.
- R y k @ r d o - deixou um novo comentário na mensagem "":
ResponderEliminarO amor é lindo. Saber vivê-lo é sublime. Foto e poema deslumbrantes.
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Um domingo feliz … Saudações cordiais.
Tem dias que sim.
EliminarBom domingo.
Cumprimentos.
Gostei muito de ler!
ResponderEliminarMal de quem o dito não floresce espontâneo e não o consiga viver com paixão e desejo renovado todos os dias, à antiga ou como a cada um se adapte e sem que lhe falta os condimentos essenciais: Amizade, respeito, cordialidade, entrega!
Bom domingo. Kandandos!
Tentamos conservar os bons hábitos, tão difícil nos dias de hoje.
EliminarUm abraço.
Muito, muito belo, Poeta. O poema e a foto. Amor à moda antiga? Pois que seja, se o resultado final é este. Mesmo que eu acredite que o amor não tem modos nem modas. Ele existe ou não. E pronto.
ResponderEliminarAbraço, saúde e uma boa semana
Acreditemos que o amor ainda é um sentimento que se mantém... neste mundo tão difícil.
EliminarUm abraço.
belo, muto belo.
ResponderEliminaro nosso nome, é sempre o nosso nome..
:)
O nosso nome é único mesmo que igual a outros. O que o distingue é a voz que o diz.
ResponderEliminarUm abraço.