Os nossos bancos de jardim
Tanto tempo passou desde
o umbigo à insuficiência do coração
A pele a inventar novos desenhos
que só nós conhecemos
e manchas decorativas
que não desejámos
Confundimo-nos com os móveis
e os objetos que trouxemos connosco
e a nossa casa tem um pouco
de todas as casas
os nossos suspiros
os nossos passos
Perdemos a consciência da exatidão
das histórias e dos tempos
do nosso passado
e repetimos vezes sem conta
os velhos episódios
com as arestas gastas
de tanto se roçarem na nossa memória
Tanto tempo passou desde
o umbigo à insuficiência do coração
sei que me compreenderás companheiro!
ficarão vagos hoje os bancos de jardim
onde nos encontramos todos os dias ___
___ e amanhã também.
Sem dúvida, haverá um qualquer "hoje" em que "ficarão vagos os bancos de jardim/onde nos encontrámos todos os dias". E que casa não terá "um pouco de todas as casas"?
ResponderEliminarBelos, imagem e poema, L.!
Forte abraço!
Compreendemos estas particularidades, afinal, lugares comuns.
EliminarUm abraço.
Da melancolia vital ao activismo vulnerável, essa é a trajetória do poema “Os nossos bancos de jardim”
ResponderEliminarUm comentário com uma definição complexa mas que me soa bem.
EliminarUma frase que soa bem
EliminarMas nada diz …
Dirá alguma coisa se for aprofundada mas perderá a beleza da própria definição.
Eliminar- R y k @ r d o - deixou um novo comentário na mensagem "":
ResponderEliminarFoto e poema deslumbrantes.
Os bancos de jardim são as mais belas testemunhas da solidão humana.
.
Saudações cordiais … domingo feliz
São um símbolo, sim.
EliminarObrigado. Bom domingo.
Concordo com o Ricardo, quando diz que os bancos de jardim são testemunhas da solidão dos portugueses idosos.
EliminarEnquanto que os alemães novos e velhos fazem desporto. Movimento é a melhor alternativa.
Li um romance em que os bancos de jardim eram testemunhas do stresse dos homens de negócios japoneses.
Paula Saraiva deixou um novo comentário na mensagem "":
ResponderEliminarMagnifico trabalho. Adorei
Bom domingo.
Muito obrigado.
EliminarBom domingo.
Um abraço.
Boa tarde meu querido amigo Luís. Confesso que gostaria de conhecer esse banco e com certeza um lugar maravilhoso que lhe da muita inspiração. Parabéns pelo seu excelente texto, tens um fã Carioca da Gema. Bom início de semana.
ResponderEliminarOlá Grande Luiz. Cá andamos nesta nossa vida com os bancos de jardim à nossa espera.
EliminarDesejos de boa semana e que o próximo fim de semana tenha saída para a paz e o progresso do teu país.
Um grande abraço de Portugal.
Os seus poemas são muito intensos nas entrelinhas... Amei! :))
ResponderEliminar-
Quero sentir o tremor do teu coração...
.
Beijos, e bom Domingo.
É estimulante este seu comentário.
EliminarObrigado.
Um abraço.
Gostei muito de seus versos. Ninguém ama os efeitos do tempo e muito menos as eternas ausências. Abraço.
ResponderEliminarÉ o percurso inevitável das nossas vidas.
EliminarUm abraço.
Um retrato dos efeitos do envelhecimento e das ausências que nos vão enchendo a memória de saudades.
ResponderEliminarAbraço, saúde e boa semana
As saudades, havemos de levá-las connosco.
EliminarBoa semana.
Um abraço.
Percebo...
ResponderEliminarDa minha janela converso com o banco
para que não se sinta só...
E o banco também não se sentirá só (banco de jardim, não dos outros).
EliminarO banco de jardim da fotografia mostra as marcas das solidões nele confessadas.
ResponderEliminarGostei Luis. Muito bom!
Beijo.
Bancos que já tiveram vida.
EliminarUm abraço.