Foto do autor do texto tomada do documentário VIDA SELVAGEM
Que distância
A distância que vai
entre o bico de um aparo molhado
e o bico de esfera sempre pronto
entre a Cartilha do João de Deus
e os ensinamentos sem cansaço
entre o pé descalço
e os ténis luminosos
entre a bucha com marmelada
e o hambúrguer com mostarda
A distância que vai
entre os dentes recém-nascidos
e os dentes na gruta da memória
onde havia choro era alegria
onde há riso há sofrimento
insulto a vida
e depois reconcilio-me com ela.

Sinceramente não atingi o objectivo/ideia deste poema o que desde já te peço desculpa.
ResponderEliminarBeijos e um bom dia
Não há nada para desculpar. Agradeço a visita e a sinceridade.
EliminarUm abraço.
A vida nem sempre é feita de coerências, pelo menos à primeira vista....
ResponderEliminarGostei de ler, magnífico poema.
Continuação de boa semana.
Abraço.
A coerência ou a falta dela, entre o passado e o presente.
EliminarUm abraço.
" R y k @ r d o " deixou um novo comentário na mensagem "":
ResponderEliminarMuito intelectual pelo que não o consigo comentar.
Cumprimentos poéticos
Agradeço na mesma, sobretudo a sinceridade.
EliminarCumprimentos.
Miradas desde mi lente deixou um novo comentário na mensagem "":
ResponderEliminarLa distancia, puede ser inalcanzable, pero ahora hay muchos medios para tratar de alcanzarla.
Besos.
El progreso tiene, en ciertos casos, una cara positiva y otra negativa. Un abrazo.
EliminarExcelente poema, L.!
ResponderEliminarEntendo que até na segunda parte do poema, a que nos fala dos "dentes na gruta da memória" essa distância se vai, ainda e cada vez mais, medindo em euros, por muito pouco poético que seja isto que digo.
A fotografia, essa é-me indecifrável e não creio que seja por causa da minha crescente falta de acuidade visual. Mas é intrigantemente bela e não resisto a perguntar-lhe de que se trata...
Um forte abraço!
Concordo consigo. Embora pouco poético, a caverna sem dentes é uma situação que se resolve a poder de dinheiro.
EliminarA imagem é de um pormenor de uma ossada abandonada.
Um abraço.
Muito obrigada, L.!
EliminarNunca chegaria à ossada por muito que me esforçasse por distinguir padrões que me levassem a algo de concreto... aliás, nem cheguei a imaginar coisa nenhuma, esta imagem era um completo mistério para mim...
Aprecio a sua curiosidade como, aliás, a de todos os meus leitores.
EliminarUm abraço.
O poeta se compraz em contruir distâncias pelas quais é, e com razão. mal compreendido pelos seus leitores.
ResponderEliminarA aguarela da publicação de ontem, é linda de morrer.
O autor atira as palavras aos seus leitores, algumas caem ao chão como os frutos maduros, no entanto fertilizam a terra.
EliminarEu diria que as palavras do poeta fertilizam a mente dos leitores, mesmo daqueles que não lhe compreendem o sentido.
EliminarUma publicação instigante mas bela! :)
ResponderEliminar.
Um olhar perdido, desiludido, ou talvez não
.
Beijos, e uma boa tarde!
Agradeço a gentileza sempre patente nas suas visitas.
EliminarUm abraço.
o reconciliar é um momento de deleite
ResponderEliminarSou exactamente da sua opinião.
EliminarCaro Poeta/Pintor
ResponderEliminarUm excelente poema.
A reconciliação é sempre tão reconfortante.
Gostei!
Boa semana com saúde.
:)
Como é longa e curta, ao mesmo tempo, a nossa vida.
EliminarUm abraço.