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Apago os dias
Nunca me disseste se voltavas ou
de que nome seria o dia se voltasses
recomecei tudo sobre a dúvida
concebi o meu próprio calendário
onde dobrei os dias
os meses
os anos ___ longos
e cada hora ainda é um momento provisório
porque nunca me disseste se voltavas
fiz traços numa ardósia
uma pedra preta pendurada
na pausa da tua presença
mil vezes tracejei mil vezes apaguei
nunca soube de que nome seria o dia
se voltasses
fizeram-se velhas as maçãs
que deixaste na fruteira
vigiadas pelos antepassados
debruçados da parede sem cumplicidade
limpo o pó aos seus sorrisos
apago os dias da ardósia
deito fora as maçãs
e atiro pela janela a minha existência
porque nunca disseste se voltavas.
Teu poema
ResponderEliminartem tanto de belo
como de luto
pois sinto
que algo está morrendo
dentro de ti
Todos os dias morremos um pouco, o cabelo vai ficando mais fino, as unhas vão engrossando, a acuidade visual vai diminuindo, etc. etc. etc.
EliminarOlá, bom dia:- A saudade faz parte da vida.
ResponderEliminarNão existe quem viva sem saudade de algo ou alguém. Amei ler e...se ela voltar? Onde guardará tantas malas?
*
Terça feira com Saúde, Paz e Amor.
*/*
*
A saudade humaniza o nosso passado. Não sei o que faria com tantas malas.
EliminarSaúde, um abraço.
Bom dia
ResponderEliminarGostei tanto, mas tanto, deste seu poema.
Uma espera sem certezas...
E acaba por se tornar sem esperança.
Um Abraço
Olinda
Ainda bem que gostou, este espaço não existe sem o agrado dos leitores.
EliminarSaúde, um abraço.
Minha nossa amigo tanto sofrimento para quê? É a tua realidade assim como de muita gente que esperam e desesperam. Os malões e as malas se queres ajuda, agarro a tua existência e atiro-as janela fora. Á, mas antes tenho de verificar que ninguém passa na rua e ou passeio:))) Gostei sim senhor poeta!
ResponderEliminarUm enorme abraço e que tenhas um bom dia!
O bom humor sempre presente nestes comentários para animarem o autor.
EliminarBom Dia, um abraço.
Ei, tantas malas‼️
ResponderEliminarFiquei tão impressionada ao ver tantas malas que me esqueci da dor do poeta.
Se a fotografia é do autor do poema, ele tem de ser dono de tantas malas velhas.
Quer dizer, ela levou as malas modernas e deixou o poeta com essa cangalha.
O autor, sem raízes, em constante mudança de cenário foi armazenando malas, cada mala uma paisagem.
EliminarAo ler „cada mala uma paisagem“ até peço desculpa de lhe chamar uma cangalha‼️
EliminarNada de desculpas, há paisagens que merecem essa designação. Nem tudo é beleza.
EliminarLas maletas antiguas, eran bien pesadas y debía de ser muy trabajoso, desplazarla de un lado para otro. Creo que ha sido un invento bueno, esas maletas de carrito y que te permite transportarlas de un lado para otro, sin importar su peso.
ResponderEliminarUn abrazo
Así se fue, llevándose una maleta de carrito con todas sus pertenencias, al fin y al cabo, casi nada. Dejó los recuerdos en estas enormes maletas. Ella se olvidó de todo. Un abrazo.
EliminarQue belezura, mas confesso que fiquei impressionada com a quantidade de malas rsrs. Abraços.
ResponderEliminarMuitas malas, muitas viagens.
EliminarMuito Obrigado.
Um abraço.
tempo de deitar fora essas malas.
ResponderEliminarcomprar uma nova.
e ir reviver_______todos os lugares onde a recordação é boa
se for má
há sempre solução________ir para um destino desconhecido.
a vida continua, as malas são só malas velhas.
:)
Partiria de boa vontade mas, o combustível está "pela hora da morte".
EliminarUm abraço.