Foto do autor do texto tomada do documentário VIDA SELVAGEM
Terrores nocturnos
Tenho os meus terrores noturnos
e diurnos também
confesso
os meus sonhos em ruínas
e os meus dias também
construções doentias
e desconstruções também
confianças perdidas
e autoconfianças também
tenho os meus terrores
veleiros a naufragar
e cascos que dão à costa
filhos que não voltam
e outros que partem também
tenho os meus terrores noturnos
e diurnos também
confesso
O meu outro em mim senta-se
e ouve ao longe
uma ária conhecida
esses são os intervalos na sua vida.
Conselho:
ResponderEliminarAfasta-te de ti
Assume o teu outro
Se o meu outro eu permitir.
EliminarGostei de ler também
ResponderEliminarBom domingo
Muito obrigado.
EliminarBom domingo.
Cumprimentos.
Não me parece bom para a mente viver com terror. Nada que um bom copo de vinho não resolva, rsrssrsr
ResponderEliminarA foto em transparência é fabulosa.
*
Um domingo muito feliz, com Saúde, Paz e Amor.
*/*
A sua sugestão poderá ser interessante.
EliminarBom domingo.
Um abraço.
Um poema em que demonstra a imensa força de nos falar das suas fragilidades...
ResponderEliminarNão sei se será muito normal não ter terrores nocturnos, nem diurnos, mas não me posso dar ao luxo de os ter e permanecer lúcida nos tempos que correm, por isso aprendi a não os sentir ou a transformá-los em poemas, como se os poemas fossem pontes para a Paz e muros contra a guerra... Peço desculpa, acabo de mentir sem dar por isso: estou aterrorizada por causa de uma cintigrafia com perfusão do miocárdio a que amanhã serei submetida durante o dia inteiro. Tenho um terrorzinho pessoal que terminará amanhã ao final da tarde.
Forte abraço, L.!
A poesia permite-nos as nossas confissões, talvez uma forma de as pôr à luz como se faz com a roupa que está na gaveta há muito tempo e precisa de sol.
EliminarVai correr tudo bem com o seu exame.
Um abraço.
Tanto a fotografia como o poema me levaram à „Metamorfose“ de Franz Kafka, porque explora temas como a crise existencial, a desesperança do ser, pessimismo, a ausência de resposta, a solidão, impotência e a fuga. Franz sabia que escrever era a única alternativa. E o poeta escreve …
ResponderEliminarEstes comentários revelam ao autor o significado da sua escrita. Levo muito em conta esse género de comentário que me mostra o que eu não seria capaz de ver.
EliminarNunca será fácil lidarmos com o "eu pensamento", ele tem vida própria, constrói-se e a intervalos arruína-se, mas não tem outra forma de convivência e nos conhecermos profundamente, se não a de nos permitir dar-lhe rédea solta.
ResponderEliminarUm kandando, boa semana.
Sim, uma faceta indomável de nós que só existe por estarmos vivos.
EliminarUm abraço.
Gostei bastante!!
ResponderEliminar.
Preciso de escrever novas paginas...
.
Beijos, e uma boa noite.
Muito obrigado.
EliminarUm abraço.
Que poema forte, gostei muito. Abraços e ótima semana.
ResponderEliminarSaúdo a sua vinda e este seu primeiro comentário.
EliminarDesejo-lhe uma boa semana, também.
Um abraço.