Madrid há vinte anos
Conhecemo-nos
desde que lia poesia naquele bar em Madrid
faz vinte anos que morri
como um espectro visito o lugar
disse-se de mim artista misantropo
e por isso são poucos os que me lembram
em vinte anos tanta coisa aconteceu contigo
na minha ausência
reconheço-te ainda sentada
na mesma mesa no lugar de mais penumbra
sento-me contigo depois de me teres chamado
aceitei o teu contributo que me passaste
discretamente ao apertares a minha mão
como uma mensagem que mudaria a minha vida
senti necessidade de fazer a mim próprio
este relato deste momento para te homenagear
ontem morreu um poeta
hoje morreu um poeta
amanhã morrerá um poeta
mas a poesia continuará viva
e tu também
como um espectro ausento-me do lugar
e levo-te comigo.
Só quem gosta de poesia poderá pensar isso.
ResponderEliminarO meu comentário desapareceu, no entanto, ainda deu tempo a uma resposta do poeta‼️
EliminarQue coisas estranhas acontecem nesta plataforma Blogger.
EliminarConsegui recuperar o seu comentário, fica fora da ordem mas fica vivo na mesma.
EliminarTeresa Palmira Hoffbauer comentou em "(Sem nome)"
Há 2 dias
“Importante é a poesia”
O resto é insignificante.
Recordar é viver
ResponderEliminar.
Saudações cordiais e poéticas
.
A nossa história.
EliminarUm abraço.
Boa tarde Luís,
ResponderEliminarUm poema de memórias muito belo.
A poesia sempre resistirá ao tempo.
Beijinhos,
Ailime
Sempre alguém continuará a usar as palavras na procura do belo.
EliminarUm abraço.
Não acredito na morte dos poetas. Assim como a poesia sempre viverá. Abraço.
ResponderEliminarA poesia existirá porque os poetas que morrem deixam cá a sua vida.
EliminarUm abraço.