Foto de Daniel Filipe Rodrigues
Até não haver memória
Morro nestas águas e ressuscito
assim me mato ___ assim me salvo
e por muito que esbraceje
nada me salva e tudo me salva
se não esbracejar e morrer
de mim nascerá o outro ___ a salvo
com o peito cheio de ar
para mergulhar de novo
para morrer de novo
e de novo se salvar
numa multiplicação infinda e absurda
de vidas sobrepostas
a que dou os nomes de
paisagem
desterro
mariposa
ilha
pânico
até não haver mais memória
de como se nasce
de como se morre
de como se passeia de mão dada.
Brancas Nuvens,
ResponderEliminarComo disse alguém
"A Vida é Ciclica",
A diferença é que temos
a oportunidade de acertar
ou de errar menos.
Lindos versos.
Bjins
CatiahoAlc.
Concordo, importante é ter consciência da nossa finitude.
EliminarUm abraço.
Um poema que consegue ser, em simultâneo, tremendamente assustador e extraordinariamente belo.
ResponderEliminarE eu que me julgava uma "expert" por ter morrido e ressuscitado quatro vezes, apenas, calar-me-ei sobre o assunto, de agora em diante. Na sua poesia há muito, muitíssimo mais sofrimento do que na minha, L.
Um largo abraço!
Uma coisa é a realidade, a sua, outra coisa é a ficção, a minha. Quanto a sofrimento é difícil estabelecer uma medida.
EliminarUm abraço também.
No contexto do absurdismo tudo é possível. Tudo o que foge à razão e à lógica.
EliminarContudo, por vezes, nos sentimos envolvidos nessa teia...
Um abraço
Olinda
Peço desculpa.
EliminarComentei no sítio destinado a respostas.
Não era minha intenção.
Foi engano.
A poesia dá-nos a possibilidade do absurdo.
EliminarO seu comentário funcionou na mesma.
Um abraço também.
Estamos a passear e cada um a seu modo, nesse multiplicar de fatos que seu poema
ResponderEliminartão bem traduz _ nasce-se morre-se .E pensar que depois de tudo ,morrer é defintivo e esquecível.
Abraço, L
Uma vida constituída por várias fases.
EliminarSaúde, um abraço.
Esa es la realidad de la vida. No siempre se puede nadar a favor de la corriente.
ResponderEliminarUn abrazo
La adversidad también nos hace más fuertes.
EliminarUn abrazo.
A morte é certa!
ResponderEliminarMas, existe o ser resiliente, e isso é que nos mantém vivos.
Viver por vezes custa.
Mas, morrer ainda não está na agenda.
;)
Persistimos, concordo.
EliminarUm abraço.