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Arrependo-me
No início era o espaço
um projecto
depois as minhas memórias
tornaram-se uma construção frágil
na sua estrutura
nem o amor consolidou as paredes
___ as velhas vidas
são como o musgo
não há história nova
que torne salubre
o espaço ocupado por
palavras
beijos
gritos
choros
despedidas
ou seja
amo uma ilha e ali fico
a construir mais uma memória
frágil
enquanto a cidade me esquece
e assim me torno desconhecido
___ um malogrado construtor
de memórias
lanço à lareira acesa
os dez volumes do meu diário
e arrependo-me depois
nem sei bem de quê.
No meu ninho-galeria
ResponderEliminarnão há parede para a poesia
...disso, tenho pena
pois lá iria expor
este teu poema
Copia-o à mão num papel simples e pendura-o com fita gomada. Sentia-me honrado.
EliminarHá coisas que nunca saberemos porque é que as largamos ao ar, votamos ao esquecimento....
ResponderEliminarE, no entanto, fazem parte da nossa vida e não as devemos ignorar...
Belo...
Beijos e abraços
Marta
Com o decorrer dos anos valorizamos coisas a que não demos atenção quando aconteceram.
EliminarUm abraço.
También a una isla pueden acudir los barcos y desembarcar también en ella.
ResponderEliminarUn abrazo
Tu perspectiva optimista te ayuda a afrontar situaciones difíciles.
EliminarUn abrazo.
Pois, os actos irremediáveis são sempre de evitar...
ResponderEliminarBoa semana
E são tantos os que ocorrem durante a vida de todos nós.
EliminarBoa semana.
Um abraço.
Lindíssima fotografia na sua simplicidade e significado.
ResponderEliminarO malogrado construtor de memórias arrepende-se de ter lançado à lareira os dez volumes do seu diário. Nós leitores sabemos a razão do seu arrependimento e lamentamos não termos a oportunidade de ler esses cadernos íntimos.
O autor é, ele próprio, os dez volumes do seu diário. Foram queimados, o autor ficou convencido que já ninguém tem paciência para saber o que contêm.
EliminarUm poema que me diz muito.
ResponderEliminarA cidade esqueceu-me e eu também me esqueci.
Por vezes a ilha sufoca.
Por isso e outras coisas mais, queimamos aquilo que nos deixa memórias, e quicá, podia ser um legado.
Cada estrofe me fez sentido.
A foto, simples e completa para o poema.
Bom domingo
:)
Chegamos a um ponto em que há um desejo de afastamento.
EliminarUm abraço.