Foto de Daniel Filipe Rodrigues
Espero o meu próprio regresso
O autor desnuda-se perante os seus leitores
e confessa-se pretendente a poeta que canta
os angustiados sem abrigo para a angústia
os desencontrados de tudo
os órfãos de uma vida inteira
os confusos com os caminhos
os entendidos como loucos
os que se esqueceram da sua existência
os arrependidos de terem estragado tudo
os saudosos
os solitários
os impotentes
os abandonados
o autor observa na margem do rio
que passa junto à sua casa
uma barca velha abandonada
onde já se viu a ser levado desnudado
por ser o poeta dos que partiram
o autor fica à espera do seu próprio regresso.
Como eu gostaria de fotografar como o Daniel Filipe Rodrigues.
ResponderEliminarAo contemplar esta obra-prima fotográfica, tenho vontade de apagar todas as minhas fotografias.
Quanto ao poema que embora não me seja endereçado, mergulhei na profundidade da mensagem. Entretanto, fico à espero do regresso do poeta, sentada no banco branco — que simboliza paz e harmonia.
Na arte todos têm o seu lugar, ninguém se deve sentir menos artista por reconhecer a qualidade do outro. Nada de eliminar testemunhos artísticos que têm a validade do empenho e do sentir do artista.
EliminarO poeta está sempre de partida e sempre a regressar, numa vertigem da qual nunca teve descanso.
Essa barca velha está mesmo aí
Eliminarperto de ti
Esperas o quê?, sabendo como sabes
que sem poesia, sem cultura
o Mundo não muda
Cá te espero! Força!
Também estou empenhado na mudança.
EliminarFizeste um poema gritante dando voz a quem mais sofre e precisa! Parabéns poeta e desejo que vás mas que voltes p.f.!
EliminarBeijocas e um bom dia
Vou para muitos lugares... sem sair daqui.
EliminarUm abraço.
Brancas Nuvens,
ResponderEliminarComo não aplaudir
esse poema que traduz
muitos de nós que lemos e que
escrevemos como forma
de expressão?`
Bjins
CatiahoAlc.
A nossa voz é, também, a voz de outros.
EliminarUm abraço.
Boa tarde Luís,
ResponderEliminarO poeta tem a sensibilidade de lembrar todos os que de uma ou outra forma sofrem as agruras da vida!
Belo poema que nos recorda que a vida é feita de muitos sofrimentos e sobressaltos.
No barco da vida muitas ondas abalam o barco e como é difícil o equilíbrio.
Lindissima foto!
Beijinhos,
Ailime
Não podemos esquecer os que se arrastam pela vida, por uma ou outra razão.
EliminarUm abraço.