Foto de Daniel Filipe Rodrigues



Navego no teu corpo


Gosto muito dos momentos 

em que me tornas adulto 

dos momentos em que navego  

e avisto o teu corpo  

nos momentos em que tu esperas  

que eu dê à costa na tua boca 

para me salvares do tempo


depois ___ atentos 

ouvimos juntos a trompa do farol 

e acreditamos que já estamos 

no país da nossa saudade.

 



10 comentários:

  1. Conheço a fotografia ou uma muitíssimo parecida.
    De qualquer jeito, as fotografias do primogénito são uma maravilha.

    Embora a fotografia seja linda de morrer não ofusca o POEMA.
    Cheiro a sensualidade dos corpos que navegam pelas águas escuras do desejo.

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  2. Triste, desolador e deprimente, é ver como há poetas que devendo ir mar adentro, de velas desenfunadas, partindo à descoberta de novas e mais emocionantes palavras, se acomodam no velho estaleiro, tentando curar maleitas antigas e satisfazendo-se com mais uma-de-mão na pintura descascada e sem restauro à vista...

    Bom fim de semana.

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    1. Muito bem observado aquilo que diz no seu comentário.
      Aos poetas nenhum tema ou sentimento, alegria, dor, ciúme, desejo, vingança, etc. etc. é terreno proibido ou a evitar. Os poetas cantam aquilo que se identifica ora com uns leitores, ora com outros.
      Agradeço a oportunidade que me deu, com o seu comentário, de deixar aqui o meu pensamento.
      Bom fim de semana.

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  3. Um poema maravilhoso. Gosto da foto, tenho uma parecida tirada numa visita de estudo ao estaleiro estaleiro de Alhos-Vedros.
    Abraço e saúde

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  4. O poema é uma lembrança do amor fisico.
    No entanto há ternura .
    A foto está bem para o poema, parece-me em Almada mas posso estar enganada.
    :)

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