Fahrenheit
Hoje acordei e disse-te
Bom dia
tinha acabado o meu sonho
e eras tu vivendo nele
disse-te
Bom dia
e era o primeiro dia
em que ia folhear o livro
de páginas todas brancas que ficou
do nosso romance inacabado
um bando de papagaios
escolheu o nosso jardim
pensando terem chegado ao paraíso
tudo branco no entanto
sem som
disse-te
Bom dia
e ao meu lado o deserto
todo branco e silencioso
com um ligeiro sopro
de Fahrenheit do meu corpo
na tua almofada.
Foto do autor do texto
Questiono-me sobre o que é um romance inacabado...será quando apenas um parte e o outro fica à espera? Ou quando os dois nutrem o mesmo sentimento mas algo mais forte os afasta? Ou serão os amores cansados de existirem que rumam a outros lugares mas mantêm esse contacto de quem (ainda) alimenta uma pequena chama, algo que sobrou mas não é suficientemente forte para promover o reencontro?
ResponderEliminarTodas as hipóteses que citou poderão constituir a ideia de um romance inacabado. O reencontro, por vezes, não é possível.
EliminarUm abraço.
Fahrenheit 451 um livro e um filme absolutamente inesquecíveis.
ResponderEliminarTambém eu digo „bom dia“.
A nossa polémica terminou ontem.
E os papagaios no meu jardim alegram-se com a paz.
A minha almofada segreda-me que a POESIA é que conta.
Um belo poema que me levou ao paraíso branco da minha imaginação.
Importante é a poesia, sim, desde que haja condições para ela ser criada e sobretudo, para ser lida.
EliminarBranco... é Paz.
Uma tela em branco pronto a ser preenchido com uma nova história...
ResponderEliminarNum mundo sem livros, desertos brancos, poesia branca e o grau
Fahrenheit a entrar em acção.
Bom dia, é um bom começo.
Um abraço
Olinda
A ausência também é um estado que nos pode fazer lembrar alguém.
EliminarUm abraço.
páginas em branco
ResponderEliminaronde o final ficou em aberto
e o aroma entranhado
num corpo, que não se esquece....
bfs
Uma história inacabada e a ausência de um corpo.
EliminarUm abraço.
Espero que ese fondo en blanco,no permanezca así mucho tiempo y puedas escribir en él unas buenas historias.
ResponderEliminarUn abrazo.
Renacemos del blanco, que al fin y al cabo son todos los colores.
EliminarUn abrazo.
O título remeteu-me de imediato para o Fharenheit 451 de Ray Bradbury. É-me impossível imaginar um relacionamento romântico a reflorescer dessa palavra... Mas isto sou eu que continuo mais frágil e emotiva do que o meu habitual...
ResponderEliminarForte abraço, L.!
Ficou apenas um sopro desse perfume. Tudo o resto em branco.
EliminarUm abraço.
Caro Poeta/Pintor/Fotógrafo e Amigo
ResponderEliminarUm poema melancolico onde a ilusão nos tolhe os sentidos.
Conheço muito bem o aroma do Fharenheit, e dou os parabéns pelo gosto do autor.
Gostei !
Boa semana
:)
O meu único perfume preferido.
EliminarUm abraço.