Foto de Daniel Filipe Rodrigues



Morcegos


Adormecemos numa caverna

de cabeça para baixo 

feitos clandestinos raros

querem-nos extintos

sangue

seco

sobre 

séculos 

submissos

morcegos são os outros.



 

14 comentários:

  1. Achei tétricro demais o que peço desculpa e sinceramente não sei o que dizer mais.

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  2. "Eles comem tudo, eles comem tudo e não deixam nada"
    Um abraço
    Olinda

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  3. A combinar com os tempos sombrios que parecemos estar a viver. Não apenas aqui, mas na Europa, no mundo...as conexões são mais que muitas entre os que querem minar por dentro a democracia. Não se deixe abater, dê cravos aos morcegos.

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    1. O conselho de dar cravos aos morcegos parece-me uma ideia muito poética.

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  4. Boa tarde Luís,
    Magnífico poema reflexo da sociedade que temos.
    Memórias curtas e o mundo virado ao contrário.
    Beijinhos,
    Emília

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    1. Estamos na eminência de ser governados pelos que nos roubaram os sapatos e em quem, muitos descalços, foram votar.
      Um abraço.

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  5. Teresa Palmira Hoffbauer14 de março de 2024 às 13:43

    Os morcegos têm um jeito especial de se relacionar com o mundo.
    Eu sei, que a interpretação do poeta é uma outra.
    A fotografia lembra imagens da cinematográfica surrealista alemã.
    George Orwell > Nineteen eighty-four 👀

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    1. Todas as interpretações são válidas e estimulam a curiosidade do autor.

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    2. A vida continua, mesmo sem certezas de nada.
      Vivamos, de cabeça para cima.
      Beijo.

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    3. Estamos nessa "cabeças ao alto!!!".
      Um abraço.

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  6. Muita incerteza.
    Muitos Fantasmas.
    Abutres à espreita!
    Infelizmente.
    Dia Bom!
    :)

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