No interior do lugar de exílio
Traço um circunferência no meu lugar de exílio
demarco o conteúdo sabendo que a vida
é ela própria o lugar de exílio
com comoção vos recebo
à porta da circunferência do meu lugar de exílio
sei que não poderão ficar
peço-vos então que levem o meu nome
e o ofereçam
a cada criança que chore
a cada humano sem tecto
a cada artista a quem cerziram a boca
a cada um ___ um nome
a cada um ___ o seu lugar de exílio
traço uma circunferência à volta do meu desejo.
É com amizade e deferência que o saúdo à porta do seu lugar de exílio, e parto levando comigo o seu nome, L.
ResponderEliminarCurvo-me numa vénia e deixo, num arco de circunferência, o meu abraço de sempre.
Que belo e tão a propósito este seu comentário. Fiquei maravilhado, encostado ao umbral da porta, a vê-la partir com o meu nome debaixo do braço.
EliminarUm abraço.
Imagino que com o seu nome vá também um bocadinho do seu coração e que ele se ofereça como pedacinho de calor a alguém com frio.
ResponderEliminarLevem o que quiserem, estou aqui para os meus leitores.
EliminarUm abraço.
Há muitas crianças a chorar.
ResponderEliminarHá muitos seres humanos sem tecto.
Há muitos artistas a quem cerziram a boca.
A quem o poeta quer doar o seu nome.
O meu desejo é entrar nessa maravilhosa circunferência e encontrar lá um mundo, onde as crianças sorriem, todos os seres humanos têm uma moradia, todos os artistas abrem a boca para gritar LIBERDADE.
Se todos forem alargando o seu círculo, um dia todos se encontrarão.
Eliminar"Mordaças... a um poeta? O único impossível"
ResponderEliminarAbraço
Olinda
Houve tempos em quiseram amordaçar os poetas. Esperemos que esses tempos não voltem.
EliminarUm abraço.