O abandono sobre a mesa
Sobre a mesa descansam
as ideias
os projectos
os pensamentos
tudo em forma de abandono
contra a minha vontade
estando no entanto esta adiada
transfiro toda a acção para a tela
onde se combate
a vontade e a dúvida
o luminoso e o obscuro
a certeza e o engano
quando o choro de uma criança
nos acorda da letargia
e a realidade nos agride
no nosso estado poético
estamos doentes acamados
sobre a mesa do nosso abandono.
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Dia Mundial da Poesia
A poesia é um par de canadianas
com que ando sem pôr os pés no chão.
Tua poesia é linda e o abandono de nós, nossas ideias e sonhos é triste!
ResponderEliminarabraços, lindo fds! chica
Olhamos para as nossas vidas e sempre encontramos algum projecto por realizar.
EliminarBom fim de semana.
Um abraço.
" R y k @ r d o " deixou um novo comentário na mensagem "":
ResponderEliminarIntenso, profundo, fascinante de ler. O meu aplauso e elogio. Cumprimentos poéticos
Muito obrigado.
EliminarCumprimentos também para si.
A imagem faz-me pensar numa grande tempestade,
ResponderEliminartrovoadas que na minha infância me assustavam.
Por vezes, acontece esse desejo de abandonar tudo,
só que no dia seguinte pensamos melhor...
Interessante a definição do Dia Mundial da Poesia.
Abraço
Olinda
Quebras de ânimo... todos temos.
EliminarUm abraço.
Não sei se cipreste, se pena ou lágrima, mas aquela figurinha alongada, rosada e quase translúcida, parece mesmo ter nascido para iluminar e alegrar o seu/nosso triste "abandono poético".
ResponderEliminarAndarei por aí a tropeçar na rigidez dos meus dedos, mas tentarei continuar a andar, não com as suas metafóricas canadianas mas com a minha velha bengalita comprada no chinês.
Forte abraço, L.!
Um cipreste, árvore elegante e silenciosa.
EliminarContinuação das suas melhoras.
Um abraço.
O despertar para a realidade evidencia a fragilidade da condição poética, enquanto nos deixamos vulneráveis à passagem do tempo. Belo.
ResponderEliminarNada nem ninguém pode vencer o tempo, a poesia estabelece um diálogo (sem resposta) com ele.
EliminarObrigado.
A soberba pintura não ofusca o poema — também omnipotente.
ResponderEliminarMesmo quando o poeta põe os pés no chão — o talento artístico e poético não sofre nada com isso.
Um comentário que deixa o autor com vontade de continuar nas suas duas vertentes artísticas.
Eliminarexistem momentos em que o poeta deve colocar os pés no chão, porque a poesia também é esse chão que palmilhamos dia após dia.
ResponderEliminarjá quanto à tela ela é um poema não de palavras, mas de cores.
seja de cores ou de palavras, fico sempre à espera de mais poesia
abraço
Mais poesia virá, todas as madrugadas aqui estou.
EliminarUm abraço.
© Piedade Araújo Sol (Pity) deixou um novo comentário na mensagem "":
ResponderEliminarCaro Poeta/Pintor/Fotógrafo e Amigo
Há pinturas que são poemas!
Há poemas que são telas pintadas com palavras
Ambas são importantes, pelo menos para mim.
Boa semana.
:)
A Arte manifestando-se em todas as suas vertentes.
EliminarUm abraço.