Foto do autor do texto tomada do documentário VIDA SELVAGEM



A imortalidade 


É pequeno o chão 

que me está reservado

rejeito-o___ não dá sequer 

para escrever o meu poema

de corpo inteiro

vou numa nuvem de fumo

compreendo

que a imortalidade é uma cenoura.



 

13 comentários:

  1. Rogério V. Pereira9 de maio de 2024 às 00:27

    Enquanto a morte não me levar
    mantenho-me imortal

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  2. A imortalidade é uma cenoura 🥕 e eu adoro cenouras.
    A mudança de tom no final está o máximo.
    A fotografia lembra uma vida selvagem na cozinha.
    Provavelmente, este poema não está reservado para a imortalidade — eu gostei muito.

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    1. Guardamos a imortalidade na gaveta grande do rés-do-chão do frigorífico.

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  3. Bela imagem. Dá-nos aquela ideia de mistério
    que a imortalidade nos induz. Assusta um pouco...
    Isto de ela ser uma cenoura tira-lhe essa carga
    ou talvez eu não tenha alcançado essa profundidade.
    Um abraço
    Olinda

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  4. Durante muito tempo achei que gostaria de viver para sempre, mas com a idade parece-me que isso seria um fardo imenso e congratulo-me com saber-me finita. Só gostava de morrer velhota, com dignidade e pouca ou nenhuma dor, isso sim é um desígnio a perseguir, todos devíamos ter direito a tal.

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  5. Qué original tu escrito me ha encantado.

    Un abrazo.

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