Foto de Daniel Filipe Rodrigues
Tudo era poesia
Cheguei atrasado à poesia
ocupado com a sobrevivência
de duas bocas na inocência da fome
com uma revolução
que me puseram nos braços
com tropeços do coração
e a confusão das idas e dos regressos
tudo atrasou a minha chegada à poesia
nesse tempo desconhecia
que tudo isso era a poesia
e que o atraso era apenas
o medo de chegar tarde à vida
com duas bocas na inocência da fome
e isso não eram só palavras.
Embora atrasado, ainda chegou a tempo à poesia.
ResponderEliminarUma peça de museu, o lindíssimo relógio da fotografia com os signos do zodíaco.
Cheguei a tempo mas cansado de tanto correr.
EliminarO tempo que parece ficar parado ao ouvir-se, ler, sentir a poesia a fluir....nunca se chega atrasado...
ResponderEliminarBeijos e abraços
Marta
Também cheguei a essa conclusão, guardamos a poesia connosco para outros tempos em que ela se revela.
EliminarUm abraço.
Boa tarde Luís,
ResponderEliminarMagnífico poema!
Sem se dar conta o Poeta viveu antes a poesia numa outra dimensão.
Hoje pode soltá-la, porque ela amaduredeu e brota a cada momento.
Beijinhos e bom domingo.
Emília
Foi exactamente o que aconteceu. Hoje, o passado é um tema infindável.
EliminarBom domingo.
Um abraço.
Tarde chega
Eliminarquem nunca alcança
Belíssimo poema, Luís!
ResponderEliminarCito um escritor de que ambos gostamos, Sándor Márai: “Tudo acontece no seu próprio tempo”.
Beijo.
e isso não eram só palavras.
ResponderEliminarera a poesia a se fazer anunciada.
e nunca é tarde para a poesia
:)
A poesia está em todo o lado.
EliminarUm abraço.