Foto de Daniel Filipe Rodrigues
Um poema sem título
Dei cabo de ti
a golpes de ternura
fiz questão de acertar
nos lugares mais vulneráveis
do teu corpo
quando já estavas
inerte de cansada
deixei flores e trevo a germinarem
entre os teus seios
abri as portadas da janela
vi o caminho que ainda
teria de fazer para regressar
ali mesmo crepitava
um rio de setas
a indicar-me o caminho
com a janela aberta
um bando de moscas
entrou pelo quarto dentro
eram tantas que te acordaram
e me estragaram o poema.
Não estragaram nada!!!
ResponderEliminarAcabo de lê-lo
e está bem belo!
Viva a beleza. Muito obrigado.
EliminarDa mistura estranha: "golpes de ternura" com "um bando de moscas", resultou (e não estragou) um excelente poema.
ResponderEliminarUm beijo Luís. Bom fim-de-semana.
Agradeço o simpático comentário.
EliminarBom fim de semana.
Um abraço.
Elvira Carvalho deixou um novo comentário na mensagem "":
ResponderEliminarQual estragaram qual quê. Li duas vezes e achei muito bom.
Abraço e saúde
Vá lá, pensei que o poema tinha sido estragado. Obrigado pela compreensão.
EliminarUm abraço.