Foto de Daniel Filipe Rodrigues
Digo adeus à minha cidade
A minha cidade é já outra cidade
há rostos inexpressivos que deslizam
talvez em fuga porque fustigados
na minha cidade tudo é assimétrico
e pouco demorado
a minha rua da minha cidade
é já outra rua de outra cidade
e já não é minha
outrora a arte salvava a minha cidade
agora é só cor e tudo é confuso
sem forma e sem nome
nas ruas da minha cidade
no fim de tarde de novembro
é quase noite
digam-me depressa
brutalmente e sem rodeios
o que se passa
assim talvez tenha tempo
de me levantar e partir
amo demasiado a minha cidade
para continuar a viver com ela.
O poema é interessante, mas a fotografia do primogénito tira-me a respiração.
ResponderEliminarJá mandei a mensagem ao fotógrafo.
EliminarTudo muda... até as cidades perdem características que nos fazem querer partir...
ResponderEliminarBela a foto....
Beijos e abraços
Marta
As cidades tornam-se incaracteristicas.
EliminarUm abraço.
Tive uma experiência parecida não há muito tempo.
ResponderEliminarAs vilas, as cidades, transformam-se e aqueles
pormenores que as identificavam desaparecem
com o tempo.
A foto, linda. Diria que se trata das ruínas de São
Paulo, em Macau..mas não, a traça arquitectural
nada tem ver :)
Um abraço
Olinda
As cidades, são para nós, apenas parecidas com o que já foram.
EliminarA foto é de um lugar na Croácia.
Um abraço.
As cidades movem-se a cada século ou antes que se perceba .
ResponderEliminarResta-nos acompanhar os ciclos _ voltei a cidade que nasci há pouco tempo e vagarosamnente
vou reconhecendo pontos ja vividos. E, tal qual a foto as vezes tendo vertigens... :))
abraços, L
Nós mudamos mas não esperamos que a nossa cidade mude.
EliminarUm abraço.
A minha cidade
ResponderEliminartambém está assim
sem identidade
tal qual um travesti
Sinais dos tempos.
Eliminara cidade mudou, até os nomes são outros.
ResponderEliminarnós mudamos.
até já ninguém me trata pelo nome.
é assim....
As identidades mudam, isso surpreende-nos.
Eliminar
ResponderEliminarMas nós também mudamos, não são apenas elas que mudam. Esta foto encaixa aqui como uma luva.
Beijinhos sempre novos
(^^)
Sim, já não somos os mesmos de ontem.
EliminarUm abraço.
Boa tarde Caro Poeta
ResponderEliminarUm poema muito realista.
As minhas cidades mudaram completamente.
Mas, confesso que nós também mudamos e a cidade mudou connosco.
A cidade que nasci, não a reconheço agora.
A cidade que vivo, está totalmente diferente.
O Turismo mudou tudo e toda a nossa rotina e não só.
;)
Perdem-se referências em nome da modernidade e há até quem perca a sua casa.
EliminarUm abraço.
As cidades mudam como muda a identidade de quem as habita. E de quem as governa e das necessidades atuais. Lembro-me do Barreiro com estradas térreas ou empredadas, de meia dúzia de automóveis, e muitas carroças puxadas por burros, ou cavalos, e sem transportes públicos, a não ser o barco para Lisboa e os comboios para o Alentejo e Algarve. Tão diferente de hoje.
ResponderEliminarAbraço e saúde
É um facto, tudo muda, as cidades também, já tinham mudado antes de nós nascermos.
EliminarSaúde, um abraço.
Boa tarde Luís,
ResponderEliminarO mundo mudou e as cidades também!
Já não nos revemos nelas e já ninguém nos reconhece.
Parecemos fantasmas a moverem-se no meio das multidões.
Beijinhos,
Emília
Assim é, tudo muda e já tínha mudado quando nascemos.
EliminarUm abraço.