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Voltaram a ser virgens as minhas mãos 
ficaram sem memória 
já não têm corpos por entre os dedos.





22 comentários:

  1. É extraordinariamente belo, este pequenino/grande poema, L.!

    Um abraço!

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  2. Um vazio difícil de preencher... porque, às vezes, até as memórias se perdem...
    Belo...
    Beijos e abraços
    Marta

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  3. A vida, antes que acabe, tem várias fases...
    E a de criança pode repetir-se.
    Boa semana caro Luís.
    Um abraço.

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    1. Ficamos com algumas coisas habituais da nossa infância.
      Boa semana.
      Um abraço.

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  4. Na memória das mãos permanecem os contornos de tudo o que afagámos. Para sempre. Belíssimo!
    Uma boa semana, meu Amigo Luís.
    Um beijo.

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    1. O corpo conserva na pele os afagos e as sevicias.
      Boa semana.
      Um abraço.

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  5. Muito verdadeiro e acontece a milhares de seres humanos. Tocou-me muito!
    Beijos e um bom dia

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    1. A nossa sensibilidade também se manifesta nas nossas mãos.
      Um abraço.

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  6. Bom dia
    Um pensamento tão simples mas com uma profundeza enorme .
    Tocou-me pessoalmente , pois o Parkinson já me está a afetar.

    JR

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    1. As mãos também têm vida própria.
      Qur tudo corra bem para si.
      Um abraço.

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  7. Durante uns dois anos ia com os meus estudantes para locais estratégicos da cidade (cada um escolhia um) para darmos abraços, aderindo aquele movimento dos "free hugs"...achava que a rejeição ia ser a tónica...mas não, vimos pessoas verdadeiramente esfomeadas de abraços...assim como as suas mãos.

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  8. Evidentemente, o mundo e a vida são feitos de contactos de toda a ordem.
    Abraço amigo.
    Juvenal Nunes

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  9. Gosto muito de pequenos poemas, que nos enchem tanto.
    As mãos que podem de um momento para o outro secarem
    Confesso que me assusta a ideia das minhas ficarem sem memória.
    Uma excelente partilha.
    Abraço e brisas doces ****

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    1. Esforçamo-nos por ter consciência da nossa evolução como humanos, difícil é o momento em que a evolução se torna involução.
      Um abraço.

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  10. Bom dia Luís,
    Mãos que contam histórias.
    Sublime poema.
    Beijinhos,
    Emília

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  11. As mãos deixam legado.
    São únicas.
    Um poema que encerra um certo desalento.
    Um abraço
    :)

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