Reconheço-te na justiça do tempo
que desenhou o inverno na tua boca
com a justiça que o tempo
sempre tem sobre os que mentem
que desenhou o inverno na tua boca
com a justiça que o tempo
sempre tem sobre os que mentem
reconheço-te na mentira do cabelo
que continua negro
quando o branco é a verdade
porque vives já noutro século
reconheço-te na mentira usual
dos que mentem pelo tempo fora
quando tentam ignorar o passado
mentindo a si próprios
reconheço-te vinda de uma ilha
com a cor expressa no rosto
e palavras diferentes deslumbrantes
que nenhuma mentira pode negar
reconheço-te quando mentes
que não me reconheces
para não denunciares uma mentira antiga
que ambos sabemos que foi verdade
um mentiroso é uma ínsula
a afastar-se de si próprio
com a memória amordaçada.
A vida perfeita, a mentira perfeita.
ResponderEliminarSem qualquer injustiça do tempo.
A imagem desenha o Egipto na minha mente.
A mentira é um dos maiores malefícios, hoje em níveis muito elevados.
EliminarNão é o Egipto, é uma ilha.
‘Mentira e poesia são artes”
EliminarOscar Wilde (1854 - 1900), na verdade Oscar Fingal O'Flahertie Wills.
A minha mente continua a ver as pirâmides egípcias.
Se a mentira é arte, Trump é um grande artista.
EliminarPronto, podem ser pirâmides.
Mentir pode ser uma arte, inclusive poética. Nem todos sabem mentir. Lindo poema que amei ler
ResponderEliminar-
Feliz fim de semana
A mentira é, neste tempo, uma arma política. Na poesia, a mentira, é ficção sem consequências.
EliminarBom fim de semana.
Um abraço.
O poeta define a mentira em todas as suas faces.
ResponderEliminarDiz o povo que mais depressa se apanha um mentiroso
que um coxo, mas nem sempre acontece pois demorar
uma eternidade.
Um abraço
Olinda
A grande maioria dos mentirosos acaba por se denunciar... é uma questão de tempo.
EliminarUm abraço.
Uma encruzilhada...a verdade ou a mentira... o caminho fácil ou extremamente difícil... mas dizem que a mentira tem a perna curta...
ResponderEliminarÉ tudo uma questão de tempo... e nem se pode ficar no meio...
Beijos e abraços
Marta
Estou muito de acordo com o seu comentário.
EliminarUm abraço.
This poem is a deep reflection on the complexities of time, truth, and self-deception. The metaphor of "a liar is an island moving away from itself" is particularly striking, emphasizing the isolation that comes with dishonesty—both from others and from one’s own past. The way time, memory, and truth interweave in your words paints a picture of someone trying to escape their own history, while still carrying the weight of it.
ResponderEliminarThe imagery of the “black hair” when the truth is white speaks to the tension between appearance and reality, and how even when time shifts, the truth lingers, perhaps unspoken, yet undeniable. The recognition of someone through their lies—and the internal struggle that comes with them—is powerful. It feels as though the poem is both an accusation and an acknowledgment of shared experience, urging reflection on the lies we tell ourselves.
How is Saturday going? Read my new post. Thank you. https://www.melodyjacob.com/2024/11/holiday-glam-budget-christmas-outfit-ideas.html
Your comment is a deep and precise analysis of what the writing means. All the conjectures you make in your comment match reality. Those who write are inspired by their personal experience mixed with their imagination.
EliminarMy Saturday is peaceful and routine.
I will visit your blog with pleasure.
Thank you very much.
A hug.
Um poema raro... especial...
ResponderEliminarA última estrofe está excelente!
Tenha uma ótima semana.
O meu abraço.
~~~~~
Tomo muito em conta a sua apreciação.
EliminarMuito Obrigado.
Bom domingo.
Um abraço.
Mentira que se diz várias vezes, quase a passa a ser verdade, e depois não se distingue o que é verdade, ou o que é mentira.
ResponderEliminarMente para esconder a verdade.
Mas sabe que mente, e mente para esconder a mentira.
Caminhos que se desencontram, numa encruzilhada de momentos.
Um poema reflectivo, mas que deixa mágoas.
Deixo um abraço.
:)
A mentira é um sinal de decadência moral.
EliminarUm abraço.