Foto do autor do texto sobre uma obra (excerto) de Pablo Picasso
Ao largo há um navio imóveldecerto esquecido da sua rotaou talvez esquecido da data da partidanaquele mar vejo muitos navios infelizeseste que vejo agora tem vidade vez em quando dá à luzumas fumarolas brancas pela chaminétalvez para chamar a atençãoreparo agora que este navio é o mesmodo livro de histórias da minha infânciade onde se ausentou por ter estadoaos anos em abandonoafundo-o no livro de novoapenas com o meu olhar.
Metaforicamente, simboliza a ideia de estagnação ou à espera por algo que está por vir.
ResponderEliminarO navio imóvel representa também oportunidades que ainda não foram aproveitadas.
Não me lembro desta pintura de Pablo Picasso. Penso que seja do período azul.
Interessante a sua interpretação.
EliminarO quadro tem o título La joie de viver ou Antipolis e está no Musée Picasso d'Antibes.
https://www.antibes-juanlespins.com/sorties-loisirs/antibes-ville-de-culture/les-musees/le-musee-picasso/decouvrir-le-musee-picasso
Neste endereço pode ver o quadro ainda no cavalete.
Há momentos em que ficamos parados na vida...sem rumo... às vezes, conseguimos enfrentar esse "elefante" e reavemos a vida; outras, afundamos, perdemos o interesse...
ResponderEliminarBeijos e abraços
Marta
Ficamos a boiar, ou damos umas braçadas ou vamos ao fundo.
EliminarUm abraço.
Reconheço a tela de Picasso e Matisse tem uma tela exactamente com o mesmo nome, o senhor Google é que não me mostrou a imagem correspondente à gravura que tenho comigo e na qual deposito a máxima confiança... bem, adiante, que o que aqui interessa é o barco que vislumbra e que teve o poder de devolver ao livro da sua infância :) Se vir por aí uma jangadita feia e mal enjorcada, por favor não a afunde, L., que sou eu quem nela se mantém à tona...
ResponderEliminarGostei imenso do poema.
Um forte abraço!
Em jangadas andamos todos. A mim assusta-me porque não sei nadar.
EliminarUm abraço.
Boa Noite, Caro Poeta/Pintor
ResponderEliminarO poema belíssimo, revela a travessia do tempo, onde o navio se torna um espelho da própria vida: outrora pleno de destino e propósito, agora estacionado no oceano da memória. As fumarolas brancas, quase um suspiro de resistência, anunciam que, apesar do abandono, há resquícios de vida no casco marcado pelo tempo.
A relação com a infância é profundamente tocante: o navio não é apenas um objecto, mas um portal para um passado distante, impregnado de histórias e sonhos esquecidos. Ao "afundá-lo no livro de novo", o eu lírico empresta-lhe um lugar seguro, quase um santuário, dentro da própria memória — o único porto eterno.
A força do poema reside no contraste entre movimento e estagnação, lembrança e esquecimento, e no modo como o olhar é o último capitão deste navio de significados.
A imagem de suporte está em completa sintonia com o trabalho poético.
Reli várias vezes, para poder fazer um comentário à altura do poema, mas, creio que a minha análise estará muito próximo da intenção do autor.
Bom fim-de-semana.
:)
Tudo certo, é o que quero dizer. Que lindo texto e como ele guarnece de beleza o texto que hoje publiquei.
EliminarMuito Obrigado.
Bom fim de semana também.
Um abraço.
É o estilo _art. Blue Brown palette, que gosto mais nas pinturas dele, ou seja me reconheço mais nelas.
ResponderEliminarE vamos ao poema cheio de vida que "de vez em quando' ´perde-se entre uma fumacinha e outra :))
Vamos nessa marola, L seguro-me em ti para não afundar ou afundamos juntos... rsrs
beijinhos e bom Janeiro
Se cair ao mar a desgraça é certa... não sei nadar.
EliminarBom Ano.
Um abraço.
Oi L ,deixei uma reposta ao seu comentário .
EliminarQuando puder passa la´.
abraço
Estou a ir.
EliminarGosto do litoral... Estar junto do mar em silêncio desencadeia uma sucessão de memórias, introspeções e ponderações...
ResponderEliminarÉ um recorte interessante e poetizado com imensa criatividade...
Aplaudo o poema.
Excelente fim de semana, o primeiro do novo 2025...
Abraço
~~~
O mar é sempre inspirador.
EliminarBom fim de semana. Bom Ano.
Um abraço.
Fizeste em mim nascer a esperança
ResponderEliminarde poder, com um simples olhar
afundar todo o meu passado, num livro
para que este possa ser lido
(e por mim revivido)
Mãos à obra Rogério.
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