Medo
as ruas vão encher-se de assassinos
que virão buscar a casa
os que não quiseram ser assassinos

como ser humano
a vergonha é maior que o medo
não há poesia que nos valha. 




31 comentários:

  1. Pois... Eu sei...
    É desta!
    Primeiro Vergonha e depois o Medo!
    Eu avisei...

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  2. "não há Poesia que nos valha!"

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  3. Ter medo e não ter vergonha é bem pior. Mas a poesia sempre nos salvará.
    Uma boa semana.
    Um beijo.

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    1. São os tempos que vivemos. A poesia conforta-nos.
      Boa semana.
      Um abraço.

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  4. Todos temos medo e todos temos vergonha...Pelo caminho, somos "assassinados", mas continuamos a gritar na poesia.
    Beijos e abraços
    Marta

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  5. O caos tem aumentado e as previsões não são animadoras.
    Mas a poesia, sendo inútil, tem a sua utilidade...
    Um abraço e boa semana.

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  6. Tal como a aguarela nos diz, e o texto confirma:
    O homem caminha vergado sob o peso da vergonha do mundo, que carrega nos ombros...
    É a minha ilação da publicação de hoje. Esteja certa ou não.
    Bom dia!

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  7. Qual medo qual quê, nem se pensa nisso na luta que muitos travaram e ainda hoje travam para sobreviver. Na tua imagem vi o mundo em convulsão!
    Apre que este poema levou-me ao passado...mas já passou!
    Beijos e um bom dia

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    1. Engraçado este comentário. A boa disposição ajuda.
      Um abraço.

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  8. Ontem à noite, o poema levou-me à guerra civil espanhola.
    Não me pergunte porquê.
    Provavelmente, porque vi sangue e morte na pintura.
    O mundo está realmente em convulsão, mas tanto péssimo não compensa.

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  9. Quando ontem à noite li o poema compreendi que o poeta se referia aos conflitos no Médio Oriente e não à guerra civil espanhola.
    Mas não quis aprofundar o tema e entrar em conflito consigo.

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    1. Não há qualquer conflito. A guerra civil espanhola também é um tema a que, há muito tempo, dedico o meu interesse.

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    2. Acrescento.
      O meu texto refere-se à violência no mundo, de um modo geral. Trump é um incentivador da violência.

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  10. a poesia é o nosso refúgio e a arma que fere profundamente esses tais assassinos que andam pela rua
    Um abraço Amigo

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  11. Só a poesia nos mantém humanos neste mundo desumano onde proliferam ervas daninhas que tudo destroem. Vergonha, eu sinto. Medo, por enquanto não.
    Beijo. Uma boa semana.

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    1. Também concordo que a poesia nos torna humanos.
      Boa semana.
      Um abraço.

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  12. Um poema que é um grito urgente contra a violência e a inversão de valores, reflectindo a vergonha de uma humanidade oprimida. Embora poderoso, o tom apressado pode suscitar tanto a reflexão quanto o afastamento. Seria a poesia, por fim, incapaz de nos valer? Um questionamento forte que merece ecoar.
    Forte e realista....

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    1. Não tenho a certeza de que a poesia vença a violência. Lorca foi fuzilado.

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  13. Boa tarde Caro Poeta/Pintor e Fotógrafo
    O poema é directo, conciso e usa uma linguagem crua para evocar uma sensação de alerta e indignação. A primeira estrofe estabelece um cenário distópico, com imagens de violência iminente e uma inversão moral perturbadora: os assassinos buscam aqueles que recusaram sê-lo. Esta metáfora denuncia tanto a coacção como o perigo de um sistema opressor que transforma ética em alvo.
    Na segunda estrofe, a voz poética revela o dilema humano entre vergonha e medo. A vergonha transcende o medo, sugerindo que a inacção ou a submissão a um regime violento pesa mais que a ameaça imediata. É um grito contra a passividade, reforçado pela declaração amarga: "não há poesia que nos valha". Aqui, o poema questiona a eficácia da arte em tempos de crise, uma ironia potente vindo de um poema que tenta, justamente, ser um alerta. Acho que a poesia, neste caso, não nos pode valer.
    Boa Semana
    :)

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    1. Muito bem analisado. O texto é, de facto, uma constatação e um alerta. Apreciei o seu comentário.
      Obrigado
      Um abraço.

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  14. Sim , os poderosos deviam trazer a Paz e trazem Medo.
    Não passarão ...

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    1. Trump é que é um grande passarão. É uma brincadeira... não resisti.
      Um abraço.

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