Quando é noite completa
a que se chama meia-noite
instala-se a ambiguidade diária
sem alternativa 

por um lado 
o silêncio ocupa todo o espaço 
e zune aos ouvidos
quase como um prazer

por outro lado 
prolonga-se o silêncio 
sem alternativa a não ser
o som artificial

é quando compreendo 
a inevitabilidade de existir
apenas uma voz ___ a minha
e isso tem uma designação.


 

 

12 comentários:

  1. Imaginação ou solidão? Preenche-se o vazio ou acentua-se....
    Beijos e abraços
    Marta

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  2. Felizmente adormeço cedo mas infelizmente já me habituei ao barulho neste prédio todo o dia e noite! Mas raramente faço a meia-noite:))) Enfim amigo cada um com na sua!
    Abraço e um bom dia

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  3. É interessante verificar que se ouve o silêncio.
    Ainda não descobri se é o resultado das maquinarias
    que se deixam ligadas durante a noite ou a respiração
    do mundo.
    Mas não há dúvida que é uma companhia...mas por
    vezes um incómodo.
    Abraço
    Olinda

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    1. O silêncio é o som que nos lembra que estamos sós.
      Um abraço.

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  4. Eu gosto muito de silêncio mas quando ele se chama solidão e às vezes chama, busco ativamente vozes. Essa busca também dá poesia:)

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    1. As vozes que buscamos nessa situação, são a TV ou a rádio. Também dá poesia, concordo.

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  5. Aceitar a inevitabilidade da existência é abraçar a beleza das imperfeições e a transitoriedade da vida.
    A imagem sintoniza com o início da semana em Düsseldorf: radioso ☀️ e muitíssimo frio.

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    1. A inevitabilidade da existência é inexplicável. Resta abraçar a beleza.

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  6. Para os insones o silêncio incomoda, bom quando um som faz companhia.
    Abraço, L

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    1. O silêncio é desejável quando não é sem alternativa.
      Um abraço.

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